domingo, 31 de maio de 2009

GEN MEDICI O GRANDE COMANDANTE

Gen Médici, o Grande Comandante
José Antonio Bayma Kerth - Maio de 2009
O General Médici foi um grande Herói Militar e um dos maiores responsáveis pelas duas vitórias sucessivas sobre o Comunismo Internacional em 1964 e, depois, em 1968, liquidando de vez com as pretensões da Instalação de uma Ditadura Comunista no Brasil. Esta é a minha opinião, pessoal e consistente, porque baseada em fatos indiscutíveis com as quais convivi, testemunhei, participei, direta e ou indiretamente, desde 1963 até 1985. E são estes fatos que passarei a relembrar, abaixo, em ordem cronológica.

Ano de 1963

Naquele ano eu cursava a EsAO (Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais) no RJ. E já eram ostensivos os movimentos de subversão quase que diária da Ordem Pública e até de Insubordinação nas Forças Armadas, estimulados e acobertados pelo Presidente João Goulart. Tanto que, reagindo contra estas ações que a nosso ver poderiam levar o Brasil ao mesmo caminho das Ditaduras Comunistas da URSS, China e Cuba, com toda a violência e morticínio semelhantes, eu e a mais dois amigos de Curso, Carneiro Leão e Penteado, (o “boi”, como carinhosamente era conhecido), entre outros colegas da EsAO, passamos a nos reunir à noite no Clube Militar, acho que todas as quarta-feiras, junto com muitos outros militares das Forças Armadas para discutir e buscar uma solução para restabelecer a Disciplina Militar e garantir a Ordem Pública ameaçada por ações organizadas e violentas, fora de tudo o que conhecíamos. E assim fizemos até o mês de Outubro, quando devido às manobras e aos exames de fim de ano, e à necessidade de cuidar de nossas transferências para outros estados deixamos de ir às reuniões do Clube Militar. Mas, continuei acompanhando os movimentos esquerdistas através da Imprensa que tiveram a sua seqüência continuada no inicio do ano de 1964. E aqui quero dar meu testemunho de fatos que bem demonstram uma divergência dos Chefes Militares no modo de enfrentar a crise. Em uma das reuniões no Clube Militar tive a honra de participar de um encontro pessoal com o Presidente do Clube Militar, do qual participaram entre outros, acho que Ítalo Mazzoni, da turma de 1949, que era assessor de um General de Exército, e Barroso, da turma de 1952, (chegou ao posto de General). E neste encontro ficou comprovado que o Presidente do Clube, como admitido por ele próprio, era contrario às nossas reuniões no Clube Militar, mas o Ministro da Guerra, ligado a Jango porque escolhido e nomeado por ele, entendia que se militares queriam se reunir, o lugar mais adequado seria no Clube Militar e daquele dia em diante, as reuniões se realizaram sem contestação. E alem deste fato, apresento outros dois fatos dos quais tomei conhecimento de fonte fidedigna, o meu concunhado e amigo, um “verdadeiro irmão mais velho”, pára-quedista, então Comandante do Regimento Santos Dumont, José Aragão Cavalcanti:
1- Um deles foi o triste episodio do General Comandante da Brigada Pára-quedista ter dado uma ordem ABSURDA, em primeiro lugar para o Coronel Boaventura, Comandante do Grupo de Artilharia, e depois para o Coronel Aragão para seqüestrar o Governador da Guanabara, Carlos Lacerda, à qual, corajosamente, ambos se recusaram a cumprir.

2- E o outro fato foi de que um grupo de oficiais superiores que haviam servido e eram da confiança do General Castello Branco, o haviam procurado pedindo orientação sobre como deveriam se contrapor aos movimentos de Subversão da Ordem e da Hierarquia Militar que estavam ocorrendo no Brasil. E o General Castello disse-lhes que procurassem manter a disciplina entre os seus comandados e aguardassem as eleições seguintes que já estavam próximas, quando haveria mudança do Governo. E com relação aos atos de indisciplina e insubordinação que vinham e continuaram ocorrendo, hoje ressalto a Revolta dos Marinheiros e a reunião dos Sargentos com o próprio Presidente Goulart, esta reunião, com certeza, já em 1964. E um fato curioso: Em foto desta reunião publicada na Imprensa, aparece o Sargento Farias que havia servido no 10º GAT-75, CE, nos idos de 1952 quando lá cheguei como Aspirante da Turma de 1951.

Ano de 1964

Naquele ano, eu fui servir no 2º RO-105, em Itu, SP, e lá encontrei o meu colega de Turma, também capitão, Lótus Silva de Paula, que, também, tinha preocupações iguais às minhas. E, nós dois, companheiros de ideal, com muita vibração, soubemos na manhã do dia 31 de março que, na madrugada do mesmo dia, o Governador. Magalhães Pinto, com a participação do General Guedes e do General Mourão, e o apoio manifesto da grande maioria do Povo Brasileiro, (entre muitos outros exemplos, a Imensa Passeata das Mulheres em São Paulo é um exemplo histórico) deflagrou a Revolução, a partir do Estado de Minas Gerais, contra o Governo João Goulart.

Lembremos agora como era a Distribuição do Poder do Exército, a Força de maior efetivo, melhor armada para Operações em Terra e, por isso, mais decisiva numa Guerra Interna: O IV Exército e o Comando Militar da Amazônia eram menos armados e distantes do Centro do Poder. O I Exército, (RJ), e o III Exército, (RS), eram os mais poderosos do Brasil e os melhores localizados estrategicamente. O Comandante do I Exército, General Ancora, não aderiu à Revolução e marchou em direção a São Paulo. O Comandante III Exército, General Ladario, também era contra a Revolução, estimulado pela ação de Brizola. O Comandante II Exército, (SP) General Kruel, discordava do Governo, mas, era amigo de Jango. E fez questão de ligar-se com Jango para que mudasse o modo de governar.E deste último fato sobre a ligação do General Kruel com Jango não há nenhuma dúvida, porque eu e o meu amigo, Lótus, a quem já me referi acima, participávamos e acompanhávamos a tomada da decisão pelo 2º RO porque éramos a favor da Revolução. E estávamos de prontidão com o nosso Comandante, Coronel Benedito Maia Pinto de Almeida, (foi General de Exército) quando à noite, chegou um radio cifrado (em código) do General Kruel, comunicando o insucesso do contato com Jango, e autorizando o 2º RO 105 a marchar para o Rio de Janeiro em apoio à Revolução.

Então, mediante decisão do Coronel Benedito, logo que prontos, eu e o Lótus, partimos num jipe, em direção ao Rio de Janeiro, com a missão de reconhecimento avançado até a região de Alpargatas, LPE (Linha de Provável Encontro, um calculo militar sobre a provável região em que nós dois deveríamos encontrar as tropas opositoras do I Exército). E, é lógico, largamos muito à frente do 2º RO 105, pela Rio-São Paulo. Como não encontramos nenhuma tropa do I Exército, o Comandante Coronel Benedito, ao chegar com o Regimento, também, a Alpargatas, entendeu, como nós, que algo acontecera com o I Exército e, por isso, marchamos incorporados em direção a Resende, RJ.

Em Resende, soubemos que o Comandante Comandante da AMAN, General Médici, vejam só, apenas um General de Brigada, havia lançado os cadetes para barrar a Rio-São Paulo contra tropas vindas do Rio. E que, detido pelos cadetes, o General Ancora, Comandante do I Exército, decidira não mais se opor à Revolução, e iria ao Comando da AMAN oficializar esta decisão. E eu e o Lótus, bem como o 2º RO 105, também estávamos na AMAN durante a entrada do General Ancora, bem como até a Decisão Final. E a consequente adesão do I Exército para mim foi o Momento Decisivo porque a Revolução se tornou, praticamente, Vitoriosa, uma vez que o General Ladario, Cmt. do III Exército que em sua maioria, também era revolucionaria, ficou isolado. Então, como conseqüência de uma decisão corajosa do General Médici, o I Exército deixou militarmente o lado de Jango que, explicitamente inferiorizado, decidiu exilar-se no Uruguai, o Congresso declarou a vacância do cargo de Presidente, e a Revolução de 1964 foi Vitoriosa, de Direito, sem qualquer luta fratricida.

E aqui, pergunto: E se em 1964 o General Médici, não tivesse tomado a Corajosa Decisão de empregar uma tropa de cadetes para barrar a Rio-São Paulo, e o I Exército marchasse livremente para São Paulo? O meu 2ºRO105 poderia retardar a marcha do I Exército, mas não tinha poder para impedir o seu avanço para São Paulo. Como ficaria o II Exército com duas frentes de enfrentamento contra dois exércitos mais poderosos, o I Exército, à Leste, e o III Exército, ao Sul? Quem venceria? Haveria derramamento de sangue? O General Médici foi ou não foi um Comandante Decisivo? A tropa de cadetes que deteve o I Exército e a consequente adesão deste à Revolução mostram que foi.

Ano de 1968

Vamos, agora, a 1968: Eu acabara de entrar como aluno na EsCEME, Escola de Comando e Estado Maior do Exército. E o Brasil todo já tinha conhecimento, entre outros, do atentado a bomba no Aeroporto de Guararapes, PE, em 1966, quando o General Castello Branco já iniciara o término do período de exceção, tanto que aceitara a candidatura e a eleição de adversários da Revolução de 1964 para os Governos do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Mas, a partir dos atentados acima referidos, a maioria dos Comandos Militares com grande apoio civil, decidiu pela continuidade da Revolução. E após o curto Governo do General General Costa e Silva (porque faleceu) e já vigorando o AI-5, o General de Exército Médici, que não era, hierarquicamente, o mais antigo, (lembrem-se que em 1964 ainda era General Brigada) foi escolhido pelos outros Generais para assumir a Presidência da República. E o General Médici, recém empossado, sem hesitar e com o rigor necessário, decidiu enfrentar as Guerrilhas Comunistas, Urbana e Rural, que tentavam se instalar no Brasil.

E agora voltemos à EsCEME, quando lá fui matriculado em 1968 junto com o Mazzoni e o Lotus que, com certeza, junto com os muitos outros estimados amigos, revolucionários da primeira hora, (não os cito porque poderia esquecer algum) sabem muito bem o que se passou no Brasil a partir de 1963. E numa enorme coincidência, fomos colegas de turma, também, do Major do Exército Alemão, Edward Von Westernhagen e do Capitão do Exército Boliviano, Gary Prado, que numa ação contra uma guerrilha rural no seu País, a Bolívia, matou em combate o Guerrilheiro Comunista Che Guevara, um Argentino que vinha de Cuba, onde fora junto com Fidel Castro, um dos participantes da Revolução Cubana. E na EsCEME, tivemos a tristeza de conviver com o covarde assassinato do colega, o citado Major alemão Edward, por guerrilheiros comunistas, crime recentemente lembrado pelo jornalista Elio Gaspari que afirmou em um seu artigo que o major foi assassinado porque confundido com o Capitão Gary Prado. Segundo Elio Gaspari, “esta lambança” foi encoberta pelos comunistas assassinos que fizeram um “voto de silêncio” e só teve solução em 1987 quando o historiador Jacob Gorender o desvendou em seu livro “Combate nas Trevas”. E agora, afim de melhor embasar o meu raciocínio para uma das minhas conclusões, vou alterar um pouco a ordem cronológica dos fatos a serem abordados nesta visão desenvolvida na EsCEME. E começo com o desertor e traidor do Exército, Carlos Lamarca que para maior vergonha nossa, assassinou um Tenente da Polícia Militar de São Paulo a coronhadas e amordaçado para que não se ouvissem os seus gritos. E com muita tristeza recordo que pouco tempo depois do termino do nosso curso na EsCEME, outro colega de curso, Martinez, Turma de 1953, apelidado carinhosamente pelos amigos de Zazá, foi assassinado por guerrilheiros comunistas: traiçoeiros e covardes. E por último, para me trazer de volta à EsCEME, relembro um dos atos de terrorismo que mais me indignaram que foi o atentado contra o QG II Exército que explodiu um jovem recruta que estava de sentinela e nada mais fazia do que cumprir o seu dever de servir à pátria. E relembro com orgulho de tudo que aprendi sobre o Terrorismo Comunista Internacional, porque durante as férias escolares, com base no AI-5, fui colocado por alguns dias à disposição da 1ªRM, para cumprir missões de censura no Rio de Janeiro. E depois eu o meu colega, Gerson Mendonça de Freitas (da turma de 1953), recebemos do Comando da EsCEME, a Missão de ficarmos por quase 30 dias à disposição do II Exército, em São Paulo. E lá, fui designado para a 3ª Secção do Estado Maior do Exército e Gerson foi designado para a Divisão. E foi nessa missão que tive duas oportunidades impares:

1- uma de conversar com a terrorista que participou da explosão no QG II Exército, acho que o codinome era Dora e que após eu mostrar-lhe a desumanidade do seu ato que despedaçou um jovem recruta de cerca de 18 anos, quase um menino, que apenas cumpria uma obrigação de serviço militar, ela friamente me respondeu: Fiz e pelo Partido faria de novo.

2- E a outra foi a Missão de traduzir um documento escrito em francês (lembro que foi da França, em 1968, que partiu a ação coordenada do terrorismo internacional para todo o mundo) de talvez 20 folhas com instruções aos guerrilheiros terroristas de como deveriam agir, e deste trabalho confidencial, lembro-me de alguns ensinamentos decisivos para o combate contra as guerrilhas, dedução lógica do ensinado no documento traduzido. Segundo o documento, os terroristas deveriam usar todos os meios de comunicação que lhes fossem favoráveis para ajudá-los a conquistar o apoio do povo e a divulgar notícias de seu interesse, e deviam intimidar os favoráveis ao Governo. Para se comunicarem entre si, deveriam sempre usar um codinome. (Quando conversei com a Dora, havia um outro terrorista preso de codinome Gêgê, que não conheci). Deveriam se organizar e viver em “aparelhos” (grupos) separados, locais dos quais os demais não teriam o endereço. E deviam se encontrar para cumprir a missão recebida em lugar e horário determinado pelo comando da operação, todas estas limitações e muitas outras impostas para reduzir a possibilidade de quando um fosse preso, os outros também serem presos, alem do ato terrorista ser inviabilizado. E a eliminação de qualquer pessoa, até de um companheiro guerrilheiro (“justiçamento”), se essa pessoa colocasse ou pudesse colocar em risco o sucesso do atentado ou da organização terrorista.
E a tradução deste documento guerrilheiro me fez ver o acerto da missão que recebera de fazer um trabalho de censura no Rio de Janeiro numa emissora de rádio.
E, principalmente, comprovei o acerto da Decisão do General Médici ao assumir o Governo e deparar-se com a sucessão de atentados a bomba em lugares públicos, a órgãos militares e de imprensa, assaltos a bancos, seqüestros de embaixadores estrangeiros, ações criminosas como todas estas resultando em assassinatos e ferimentos graves em militares brasileiros e estrangeiros e até em velhos, mulheres e inocentes crianças. Neste quadro de violência orientada pelas Ditaduras Comunistas a partir da França, o General Médici fez o que era certo para liquidar de vez e rapidamente com o Terrorismo, que dia após dia mais vitimava o Povo Brasileiro. Foi inflexível no combate ao Terrorismo e, assim, os órgãos policiais especializados conseguiram obter dos terroristas presos as informações necessárias para prender os seus comparsas e evitar novos atentados que matavam brasileiros indefesos. E foi assim que foram presos ou liquidados todos os chefões das Guerrilhas.
E com esta histórica decisão, enquanto nos muitos paises que enfrentaram o Terrorismo Comunista houve milhares e milhões de mortos e o enfrentamento durou muitos anos ou perdura até hoje, aqui no Brasil com o General Médici, as Guerrilhas, Urbana e Rural foram derrotadas no seu Governo e morreram entre os terroristas, os agentes da lei e civis inocentes, cerca de 500 pessoas.E só para lembrar, depois dos recentes atentados terroristas nos EUA e na Inglaterra, países reconhecidos como exemplos de Democracia, os seus Governos agiram como o General Médici.
E agora outro fato curioso: Quando após a EsCEME, fiz parte do Estado Maior da 10ªRM, CE, (1971-74) fui designado para chefiar a delegação esportiva que integraria o IV EX, que iria competir no Rio Grande do Sul. E sabem quem foi o meu chefe na delegação do IV EX? O então Coronel Sylvio, da Turma de 1945 (hoje é General), um grande e respeitado militar que foi uma das vitimas (perdeu parte da mão) no atentado terrorista ao Aeroporto de Guararapes em 1966.Já a Guerrilha Rural, a exemplo de Cuba, queria criar uma área liberada na Amazônia. E o General Médici, também a liquidou no seu Governo. E eu, naquele período do seu Governo, (1971-1974), servindo no Estado Maior da 10ª RM, (CE), ajudei a organizar um Batalhão formado com uma Companhia de Combate do 23 BC, CE, uma do 24 BC, MA, e com uma Companhia de Combate e outra de Comando do 25 BC, PI, batalhão que assim composto, foi colocado sob o Comando do Coronel Eider Nogueira Mendes, Comandante do 25 BC, (Turma de 1948). E este batalhão seguiu para Xambioá para enfrentar e derrotar a Guerrilha Rural que atuava naquela região entre outras que operavam na Amazônia, todas como já disse antes, derrotadas pelo General Médici no seu Governo.
E se o General Médici não tivesse liquidado, também, com a Guerrilha Rural no Brasil? Será que teríamos na Amazônia Brasileira uma outra versão da Guerrilha Colombiana? Isto seria bom, ruim ou péssimo para o Brasil? Alguém já pensou em não poder viajar para determinadas áreas da Amazônia, ou ter um parente seqüestrado por guerrilhas que dominassem essas áreas?
Então, graças à Decisão Corajosa, Firme e Forte do General Médici, liquidando de vez com as guerrilhas, o General Geisel pôde iniciar a Abertura Política e a Pacificação Nacional. E o General Figueiredo pôde promulgar a Lei de Anistia, autorizar o retorno dos exilados e, Devolver o Poder aos Civis. E o Brasil, após a Derrota do Comunismo Terrorista, é desde 1985 uma Democracia. Não se tornou uma Cuba, nem tem os problemas, ainda hoje, enfrentados pela Colômbia.Em síntese, o General Médici cortou o “Nó Gordio” do Comunismo Internacional, no Brasil.
Por isso, reafirmo que, com base em incontestáveis fatos históricos, o General Médici foi o Comandante Decisivo das Duas Esmagadoras Vitórias do Povo Brasileiro contra o Comunismo Internacional que queria implantar uma Ditadura Comunista no Brasil, em 1964 e 1968.
E no futuro, todos os historiadores do Brasil vão reconhecer o seu indiscutível valor militar, além do muito que o Presidente Médici fez pelo desenvolvimento do Brasil tornado no seu Governo na 8ª Economia do Mundo. Pela Integração Nacional, entre outras obras, com a construção da Rodovia Transamazônica. Bem como pelo bem-estar social dos brasileiros com a instituição do Funrural que livrou, da miséria e da fome, milhares de velhinhos dos imensos sertões do Brasil.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE RORAIMA




Por Cel Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 21 de Maio de 2009



A mestiçagem unifica os homens separados pelos mitos raciais. A mestiçagem reúne sociedades divididas pelas místicas raciais e grupos inimigos.

(Gilberto de Mello Freyre)

- Perseguição Racial



“A agricultora indígena, Cacilda Brasil, vive um dilema jamais imaginado ao longo de seus 76 anos de idade. Após ser retirada da propriedade onde morou por mais 50 anos, sob a alegação de que não tinha origem indígena, ela está liberada para voltar para a reserva Raposa/Serra do Sol, desde que não leve os filhos, pelo fato de os mesmos serem filhos de brancos”. (Tiana Brazão - Secom/ALE-RR)



- Perseguição Religiosa



A Fundação Nacional de Assistência ao Índio (Funai), proíbe a presença de missionários evangélicos nas tribos indígenas de Pacaraíma-RR, mas não toma a mesma atitude em relação aos padres e freiras estrangeiros enviados pela Igreja Católica. “A Funai acionou até o Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar os missionários brasileiros da denominação Assembléia de Deus, argumentando que os evangélicos devem sair por não serem índios. Mas os padres que vivem nessa área são estrangeiros e estão incentivando os índios a lutar contra os evangélicos que não concordam com o monopólio do catolicismo na área”.

(Deputado Márcio Junqueira - RR)



- Reservas Kosovares



Os três últimos governos (collor, fhc e lula) foram responsáveis, e a história os julgará, por incentivar a segregação e o racismo criando imensas reservas privilegiando minorias indígenas e estimulando contravenções e cisões. O editorial ‘A Redoma Fatal’ publicado no jornal ‘O Globo’, com muita propriedade assim se refere ao tema: “A preservação de grupos étnicos em redomas que os mantenham distantes de contatos humanos não passa de uma tentativa de fazer parar o tempo, como se isso fosse possível, em zonas cujas dimensões e natureza tornam impossível um policiamento protetor. O artificialismo condena esse equívoco, e o resultado final ameaça ser a contaminação dos grupos primitivos pela ação clandestina do que há de pior na sociedade moderna, enquanto o que há de melhor é mantido à distância pelo respeito à lei”.



- Movimentos Raciais



“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros”. (Darcy Ribeiro)



Diversos movimentos de todos os matizes continuam tomando corpo buscando privilégios especiais se esquecendo que a grande maioria do povo brasileiro é mestiça. As identidades étnicas tendem a desaparecer e todas tentativas históricas de ‘congelá-las’ fracassaram. O brasileiro é por definição um ser mestiço e que abrange as diversas manifestações de um mesmo processo. A identidade mestiça brasileira é dinâmica e tem como origem o amálgama de diversos povos que se encontraram no espaço e tempo da nação brasileira.



- O Zoológico de Roraima

Por Wilson Barbosa (01/05/2008)



“O governador do Estado Anchieta Júnior ao conceder entrevista esta semana a respeito da retirada dos não índios e dos arrozeiros da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol foi curto e grosso. ‘Não pretendo, não vou discutir. Esse assunto já foi discutido exaustivamente. Aquilo vai se transformar num verdadeiro zoológico humano. Sem a menor condição de sobrevivência, sem contato com o branco, o que vamos ver lá serão animas humanos’. Para o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcio Meira afirmou que a declaração do governador de Roraima tinha cunho racista. O chefe do Poder Executivo se defendeu em seguida e adiantou que teria dito que na realidade os índios da Raposa iriam ficar numa vitrine como exposição para a população brasileira e dos povos estrangeiros.



Em linhas gerais o governo Federal atende a Funai, onde as terras indígenas são demarcadas e posteriormente homologadas e depois os índios ficam entregues a própria sorte sem nenhum tipo de assistência. E o resultado disto tudo tem sido uma tragédia senão vejamos. Dias atrás Índios Guajajaras mataram um homem a pauladas na cabeça. Gutenberg Brito Câmara, foi assassinado ontem por volta das 19:00, na estrada que dá acesso a cidade de Jenipapo dos Vieiras, o mesmo estava a trabalho, ele era motorista de uma madeireira, acreditasse que a madeira que ele foi pegar na área indígena é ilegal, porém foi vendida pelos próprios índios, os criminosos já foram pegos pelo GOE de Barra do Corda e estão detidos na delegacia desta cidade, os mesmos disseram que estavam bêbados e queriam dinheiro. A vítima era casado, tinha 39 anos e deixa três filhos.



Esta não é a primeira vez que Índios Guajajaras cometem crimes com requintes de crueldades. Em 2001 três índios da região de Barra do Corda cobraram pedágio (proibido por Lei) a três empresários que se recusaram a pagar e tiveram suas vidas ceifadas. As vitimas foram mortas a tiros e golpes de facas, depois tiveram os corpos amarrados e seguida arrastados pelo asfalto e em seguida foram abandonados na rodovia. Os acusados que eram menores de idade, foram presos e passaram anos detidos numa delegacia de São Luis.



Também no Maranhão índios eram acostumados a deixar que traficantes plantassem maconha dentro das reservas. Numa operação da Polícia Federal foram encontrados milhares de pés da droga e o cacique da aldeia afirmou que não tinha autorizado a plantação.



O delegado teria afirmado na ocasião dentro de seis meses retornaria a reserva e caso encontrasse algum pé de maconha o primeiro a ser preso seria o cacique da aldeia. O índio afirmou que não poderia ser preso por conta das plantações de maconha na reserva pois era inimputável. Decorridos seis meses o delegado voltou a região e foi encontrado outra quantidade maior de maconha na área e o policial cumpriu a palavra e efetuou a prisão do cacique da reserva por tráfico de drogas.



Em 2005 cerca de 29 garimpeiros foram assassinados cujos crimes ficaram conhecidos como a chacina na Reserva Roosevelt. Eles foram mortos à noite durante emboscada feita por índios Cinta-Larga dentro de uma área de extração ilegal de diamantes, um novo conflito rompe uma trégua marcada pela tolerância da garimpagem ilegal em terras proibidas vigiadas por uma Força-tarefa envolvendo as polícias Federal e Militar.



Tempos depois surpreendidos por um grupo de índios os garimpeiros Lismar Nunes da Silva, o Pernambuco, e Francisco da Chagas, o Macarrão, foram assassinados. O terceiro garimpeiro, Arionilson Bispo da Silva conseguiu escapar com vida após ter levado um tiro na barriga.



Uma fonte revelou que a morte dos dois garimpeiros teria sido por causa de um desentendimento com os índios. Algo relacionado com a divisa de barranco na garimpagem ou o não-pagamento para poder garimpar em terras indígenas, prática comum.



Em pronunciamento no Plenário da Casa, o senador Augusto Botelho (PT-RR), afirmou que quando são demarcadas as áreas, os índios são deixados à própria sorte. Todas as áreas demarcadas em Roraima se encontram nessa condição.



Ele citou bem o exemplo de São Marcos, onde os indígenas só escapam porque fazem descaminho de gasolina da Venezuela. Compram gasolina na Venezuela e vendem nas suas aldeias para quem for comprar lá. Isso ocorre porque não foi tomada uma outra atitude, não foi dada uma outra posição para eles conseguirem viver com dignidade.



Para o número de índios existentes no lavrar dessas áreas que estão sendo discutidas, são áreas que não têm praticamente floresta nenhuma. São áreas de cerrado, um cerrado mais pobre do que o cerrado aqui do Centro-Oeste. E viver da caça e da pesca é impossível, primeiro, porque eles já estão acostumados a viver como a nossa maneira de viver; segundo, porque não há caça e pesca para sustentar 18 mil índios nessa área”. (Jornalista Wilson Barbosa)







Solicito Publicação



Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)



Telefone:- (51) 3331 6265

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O POVO CIGANO, POVOS DAS ESTRELAS(24/25 MAIO-DIA DOS CIGANOS)

O Povo Cigano

Texto: Cigana Sttrada (do Clã Calon)





Os Ciganos são chamados de "povos das estrelas" e apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send. No primeiro milênio d.C., deixaram o país e se dividiram em dois ramos: o Pechen que atingiu a Europa através da Grécia; e o Beni que chegou até a Síria, o Egito e a Palestina. Existem vários clãs ciganos: o Kalom (da Península Ibérica); o Hoharano (da Turquia); o Matchuaiya (da Iugoslávia); o Moldovan (da Rússia) e o Kalderash (da Romênia).

Mas essa é mais uma das hipotéses sobre a origem do Povo Cigano. Segundo a nossa Tradição os ciganos vieram do interior da Terra e esperam que um dia possam regressar ao seu lugar de origem. Nada mais podemos revelar sobre isto, pois trata-se de um dos nossos "segredos" mais bem preservados. Fiquem portanto com a imaginação !

O grande lema do Povo Cigano é: "O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas. Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Levam uma vida muito simples: consertando panelas, vendendo cavalos, fazendo artesanato (principalmente em cobre - o metal nobre desse povo), lendo as cartas do Tarot e a "buena dicha" (a boa sorte). Na verdade cigano que se preza, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos. A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.

Mitologicamente o Povo Cigano está ligado à Kalí - a deusa negra da mitologia hindu, associada a figura de Santa Sara, cujo mistério envolve o das "virgens negras", que na iconografia cristã representa a figura de Sara, a serva (de origem núbia) que teria acompanhado as três Marias: Jacobina, Salomé e Madalena, e, junto com José de Arimatéia fugido da Palestina numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o cálice sagrado), que seria levado por elas para um mosteiro da antiga Bretanha. Diz o mito que a barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, às margens do Mediterrâneo, que por sua vez ficou conhecido como "Saintes Maries de La Mer", transformando-se desde então num local de grande concentração do Povo Cigano. Santa Sara é comemorada e reverenciada todos os anos, nos dias 24 e 25 de maio, através de uma longa noite de vigília e oração, pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, flores e vestes coloridas; muita música e muita dança, cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e o eterno "retorno dos tempos".

O líder de cada grupo cigano, chama-se Barô e é quem preside a Kris Romaris (Conselho de Sentença ou grande tribunal com suas próprias leis e códigos de justiça, onde são resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos). O mestre de cura (ou xamã) é um Kaku (homem ou mulher) que possui dons de grande para-normalidade. Eles usam ervas, chás e toques curativos. Os Ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação. Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças.

Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o Cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os Ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. Mas, a comunidade cigana ama e respeita a natureza, os idosos e todos os membros do grupo educam as crianças de todos, dentro dos princípios e normas próprios de uma tradição puramente oral, cujos ensinamentos são passados de pai prá filho ou de mestre para discípulo, através das estórias contadas e das músicas tocadas em torno das fogueiras acesas e das barracas coloridas sempre montadas ao ar livre (mesmo no fundo do quintal das ricas mansões dos ciganos mais abastados), como em Taquaral, perto de Campinas - São Paulo.

CIGANOS NÃO ROUBAM CRIANCINHAS

As crianças normalmente só freqüentam até o 1o. Grau nas escolas dos gadjés (não-ciganos), para aprenderem apenas a escrever o nome e fazer as quatro operações aritméticas. Claro que com o acelerado processo de aculturação, um bom número de ciganos (bem disfarçados) vão às universidades e ocupam cargos de importância na vida de um país. Alguns são médicos, engenheiros, advogados; alguns tornam-se ministros e outros até presidentes. Porém os de maior expressão na sociedade são artistas plásticos, comerciantes, joalheiros e músicos famosos. Tivemos dois Presidentes brasileiro de origem cigana: Washington Luiz e Jucelino Kubitshek

Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligação com o "sagrado" quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação. A celebrações da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com danças e orações.Também para os ciganos tudo na vida é maktub (está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do Céu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sidéreos. Os ciganos praticam a astrologia da Mãe Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos.

Na culinária cigana são indispensáveis: o cravo, a canela, o louro, o manjericão, o gengibre, os frutos do mar, as frutas cítricas e as frutas secas, o vinho, o mel, as maçãs, as pêras, os damascos, as ameixas e as uvas que fazem parte inclusive dos segredos de uma cozinha deveras afrodisíaca. O punhal, o violino, o pandeiro, o leque, o xale, as medalhas e as fitas coloridas; o coral, o âmbar, o ônix, o abalone, a concha marinha (vieira), o hipocampo (cavalo-marinho), a coruja (mocho), o cavalo, o cachorro e o lobo são símbolos sagrados para o Povo Cigano. A verbena, a salvia, o ópio, o sândalo e algumas resinas extraídas das cascas das árvores sagradas, são ingredientes indispensáveis na manufatura caseira de incensos, velas e sais de banho, mesclados com essências de aromas inebriantes e simplesmente usados nas abluções do dia-a-dia, nos contatos sociais e comerciais, nos encontros amorosos e principalmente nos ritos iniciáticos, de uma forma sensível e absolutamente mágica, conferindo grandes poderes.

O grande símbolo geométrico do Povo Cigano é o Círculo Raiado (representando a roda da carroça que gira pelas estradas da vida) provando a não linearidade do tempo e do espaço; e o Pentagrama (estrela de 5 pontas) simbolizando o Homem Integral (de braços e pernas abetos) interagindo em perfeita harmonia com a plenitude da existência. O maior axioma do Povo Cigano diz simplesmente: "A sabedoria é como uma flor, de onde a abelha faz o mel e a aranha faz o veneno, cada uma de acordo com a sua própria natureza".

Para não enveredarmos num velho, carcomido e obsoleto discurso sociológico-político, e para não desgastarmos mais ainda a nossa salubridade cerebral, afirmamos que tudo o que acontece no Planeta, em termos de crise e transformação, afeta de perto o Povo Cigano (tão engajado com a natureza) e faz parte do cotidiano dessa minoria social que apesar do seu pouco grau de autonomia, tenta à duras penas preservar sua valiosa identidade e salvaguardar as peculiaridades de seus próprios conceitos de cidadania, em que pese os avanços tecnológicos, científicos e culturais; as mudanças de paradigmas e o glamouroso processo de globalização.

O Povo Cigano é também uma raça sofrida, discriminada, excluída do contexto sócio-político-econômico (mas nem por isso alienada). Essa raça perseguida por muitas "inquisições", levada aos campos de concentração e aos fornos crematórios da Alemanha Nazista (tanto quanto o povo judeu) continua existindo apesar de todas as expoliações e distorções. Desprovida de meios adequados de sobrevivência, descaracterizada pela modernidade de um falso intelectualismo proletário/urbano essa raça também está à caminho da própria extinção, mas estamos aqui exatamente para resgatar o que restam de sua memória cultural e artística, usos e costumes, simbolismo e tradição.

Para mim, cigana Kalom, descendente desse povo, essa é uma hora em que precisamos estar atentos e vigilantes para ouvirmos uma espécie de "chamado mítico" que a dura realidade planetária está nos fazendo, e nos unirmos em corpo e espírito com as forças maiores que regem esse universo, deixando para os espertos, que se dizem "donos da terra", o alto preço de seus desmandos, desvarios e abuso de poder, nos concentrando, onde quer que estejamos no verdadeiro sentido da valorização humana que perpassa por insondáveis mistérios divinos e praticando com honestidade de propósito os exercícios de espiritualidade e religiosidade que subjaz em cada um de nós, na busca de uma solução para um mundo melhor, sem esquecermos as práticas ecológicas para salvaguardar essa "nau de insensatos" chamada Terra, de seu próprio desastre (palavra que significa: desarmonia entre os astros).

Eu aprendi com meu Patriarca que os ciganos são "povos das estrelas" e para lá voltamos quando morremos ou quando houver necessidade de uma grande evacuação. Há milênios vimos cumprindo nossa missão neste Planeta, respeitando e reverenciando a Mãe Natureza, trocando e repassando conhecimento. No mais, deixaremos à critério da consciência de cada um o "por que" das abomináveis catástrofes (em sua maioria provocadas pela absoluta falta de respeito e conhecimento sobre a biodiversidade do planeta); e de comportamentos sociais e governamentais tão incongruentes com a própria inteligência humana, reduzindo a sensibilidade dos homens a um mero exercício da bio-pirataria para não perder o monopólio de um recurso genético, disfarçado na necessidade técnica e científica da bioprospecção (que é a procura de moléculas úteis à medicina), mesmo que no contexto histórico essa atitude implique na extinção de toda a raça humana.

Deixaremos à critério de qualquer "gadjo" que se preze, o "complexo de culpa ancestral" pela destruição do solo, do ar, da água e das florestas, pois em vez de "progredir com a plena cooperação científica e tecnológica" (como diria o biólogo americano Tomas Lovejoy - especialista em florestas tropicais) o homem moderno destroi seu próprio habitat, em vez de seguir a coerência do argumento socioantropológico que diz que "na sociedade de massas, o raciocínio individual precisa ganhar tons mais coletivos para exercer seu poder e provar sua competência, pressupondo uma melhor qualidade de vida e uma maior tranqüilidade planetária".

Sem precisarmos percorrer outra vez o raciocínio utópico do socialismo científico de Marx-Engels-Lênin-Stálin, necessitamos urgentemente pisar na superfície desse lindo "planeta água" (símbolo da emoção e da sensibilidade que preenche nossos corações) observando não só a violência praticada contra as minorias, como também os incríveis gestos de solidariedade humana mostrados via satélite ou pela Internet, na mesma velocidade da luz ou do pensamento humano, nessa era de virtualidade nem um pouco caracterizada pelas mais elementares virtudes.

Como não sou também nem um pouco virtuosa e acho que o limiar entre o sagrado e o profano é muito próximo, coloco em mim mesma a carapuça de parte dessa imensa culpa pela minha própria acomodação e omissão em alguns setores da vida, e, divido com todos os devedores planetários como eu, o ônus que pago por viver na Terra nos dias de hoje, embora continue achando que é um privilégio karmico poder ser descendente do Povo Cigano.






terça-feira, 12 de maio de 2009

Os ‘sacoleiros’ do Conselho Indígena de Roraima (CIR)

- O ‘padre’ italiano Giorgio Dal Bem

Giorgio, que vive no Brasil desde a década de 60, a Igreja Católica, Organizações Não-Governamentais (ONGs) estrangeiras e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) sempre defenderam a demarcação contínua das reservas de Raposa e Serra do Sol. Desde que chegou à região o padre guerrilheiro promoveu, com seus simpatizantes, uma série de invasões a propriedades rurais no estado procurando intimidar os não-índios e os indígenas que não faziam parte de sua corja. As ações do CIR seguiam à risca a cartilha preconizada pelo missionário estrangeiro. Os criminosos destruíram patrimônio público e privado, atentaram contra a vida de seus opositores, impediram o acesso aos postos de saúde de elementos não filiados ao CIR e cercearam, indiscriminadamente, o direito de ir e vir das pessoas.

“Ele anda armado e usa os índios na exploração de ouro e no garimpo de diamante. Antes isso era feito com máquinas, e hoje o trabalho é todo manual, feito pelos índios. Enquanto estivemos juntos, sempre vi o padre pegando ouro e diamantes. Não sei o que ele fazia com aquilo, para onde mandava. Só sei que ficava com ele.” Acusava, na época, o tuxaua Terêncio Luiz.
O ‘bom’ padre transformou a aldeia Maturuca numa fortaleza na qual só permitia a entrada da FUNAI, missionários e representantes de ONGs. Sempre que se sentia acuado, o ‘padre’ se refugiava na Guiana, por diversas vezes teve de travestir-se de mulher, substituindo o hábito ou as roupas ‘mundanas’ por roupas femininas.

- O ouro de Dom Aldo Mongiano

Em abril de 1988, agentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) e o secretário de Segurança de Roraima, Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto, invadiram a casa do arcebispo dom Aldo Mongiano. No cofre da arquidiocese foram encontrados um saco com 615 gramas de diamante e dois quilos de ouro. Na queixa que fez à polícia sobre a invasão de sua residência, dom Mongiano não registrou o sumiço de ouro e diamante. Aldo Mongiano, da Ordem Missionária da Consolata, antes de vir para o Brasil, havia fugido de Moçambique onde apoiava a guerrilha de esquerda. O bispo italiano ofereceu, em 1993, recursos internacionais a Maurício Corrêa, então ministro da Justiça, para a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.

- Semeando a Cizânia e o ‘Apharteid’

Aliciados pelas espúrias ONGs estrangeiras e seduzidos pela cantilena malévola e entreguista, patrocinada pelos missionários do clero católico, acobertado pelo manto da fé, o CIR, desde a década de 70, vem trabalhando na cizânia e no ‘apharteid’. O objetivo final do famigerado Conselho é, sem dúvida, criar uma nação independente com o beneplácito do governo federal e recursos fornecidos pelo próprio estado brasileiro. A recente vitória na demarcação contínua da Raposa e Serra do Sol, com o apoio de nossos alienados Ministros do STF parece que os encorajou a mostrar finalmente a sua verdadeira cara. Transcrevemos, abaixo, um artigo do amigo Wilson Barbosa, jornalista em Roraima.

- CIR rola a sacolinha - Jornalista Wilson Barbosa – Boa Vista, RR

“Não dá para acreditar. O Conselho Indígena de Roraima (CIR) está rolando a sacolinha, em linhas gerais, pedindo dinheiro sob a alegação que está enfrentando dificuldades financeiras para continuar a luta pelos povos indígenas de Roraima. Pelo menos é o que consta na página da entidade do Estado que recebe recursos do governo Federal além de governos estrangeiros e entidades internacionais.

Isto é o que consta na página da ONG. “O CIR enfrenta dificuldades financeiras para continuar a luta pelos povos indígenas de Roraima. Se desejar, você pode fazer uma contribuição Solidária aos Índios de Roraima. O depósito, de qualquer valor, pode ser feito na (...)”.

O que não para dá para entender é como uma organização não governamental cujos diretores vez por outra estão viajando pelo Brasil afora e porque não dizer pelo exterior, está rolando a sacolinha, ou seja, pedindo dinheiro para continuar a luta pelos povos indígenas de Roraima, o que não é verdade. A luta da entidade deve ser apenas para os índios que rezam pela cartilha da ONG e os indígenas de outras associações ficam apenas a ver navios.

Outro ponto que acho estranho é que meses atrás o diretor da ONG, Dionito José de Souza teria declarado a imprensa que a entidade iria comprar maquinários para tocar a lavoura de arroz quando os não índios e os arrozeiros deixassem a reserva Raposa/Serra do Sol. E agora na página da ONG tem o pedido de dinheiro. Fica difícil de entender a real dificuldade financeira do CIR se é que realmente ela existe.

E o baixo astral do CIR teve mais um desdobramento. Esta semana o coordenador da Funasa em Roraima, Marcelo Lopes, concedeu entrevista para esclarecer denúncias de atrasos de salários do Conselho Indígena de Roraima (CIR), e anunciou as novas medidas quanto ao fim das assinaturas de convênios para prestação de saúde indígena com as organizações não governamentais (ONGs).

Em Roraima, os convênios com o CIR, Serviços de Cooperação aos Povos Yanomami (Secoya) e a Diocese de Roraima vencem entre maio e julho deste ano e não serão renovados. Com isso, a intenção é contratar apenas uma conveniada para o Distrito Leste de Roraima e a outra para o Distrito Yanomami. Segundo Marcelo Lopes, coordenador da Funasa no Estado, o CIR estava inadimplente com o órgão em cinco convênios.

E para receber a última parcela do convenio no valor de R$ 7,8 milhões, foi criada uma condição para que o CIR regularizasse a situação. “Esse valor é suficiente para pagar todos os funcionários e custear todas as despesas. Os convênios não serão renovados”, enfatizou Lopes a imprensa.

Durante a coletiva aos meios de comunicação do Estado, o coordenador Marcelo Lopes, afirmou que a idéia é quebrar o ciclo de convênios renováveis, tendo em vista que há dez anos que o CIR tem convênio com a Funasa. “Houve um desgaste. Vale ressaltar que o CIR foi um modelo para todo o Brasil. Porém, vamos corrigir todos os erros. Precisamos de um modelo que se adeque a nossa realidade”, declarou o coordenador da Funasa em Roraima.

E ao tudo indica vem mais pressão contra o Conselho Indígena de Roraima. O deputado federal Márcio Junqueira tem prometido que vai continuar denunciando a não prestação de contas da entidade, que tem o dever de apresentar como foram gastos os recursos recebidos nos últimos anos do governo Federal.

Em 2002 o Senado Federal criou a 1ª Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no sentido de apurar as atividades das organizações não governamentais (ONGs) no País e este ano o Senado vai implantar em breve a segunda CPI que tem o objetivo de investigar os recursos oriundos do governo Federal que foram repassados as ONGs do Brasil”.


Solicito Publicação

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Telefone:- (51) 3331 6265
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br

domingo, 10 de maio de 2009

DIA DA CAVALARIA


As coisas são muito engraçadas e acontecem uma vez nas nossas vidas e muitas simplesmente desaparecem, enquanto algumas calam tão fundo na alma que se instalam para a vida toda e uma dessas coisas são aquelas que vivenciamos com devoção, como a vida da caserna por exemplo. Alguem conhece algum amigo que não tem histórias para contar do tempo de quartel?? Não existe, como não existe ninguém que não tenha calado fundo na alma o orgulho de ser CAVALARIANO, isso marca e deixa rastros para a eternidade.

Eu escrevi isso porque hoje é o dia da CAVALARIA e ontem tivemos uma comemoração na sede do Comando Militar da Amazônia, onde recebemos mais de trezentos amigos CAVALARIANOS ou simpatizantes de nossa arma, tivemos momentos ótimos e a presença de todas as autoridades militares de nossa área, assim como gente simples que veio sómente reencontrar velhos camaradas. O que nos honra e alegra o coração é que a festa começou alguns dias antes, como bons cavalarianos começamos o planejamento com muita calma e precisão, nessa hora o espirito de CAVALARIANO fala mais alto e a camaradagem, amizade e espirito de equipe impera nas decisões.

Sei que honramos e homenageamos o espirito de OSÓRIO o legendário e nosso patrono maior e ainda mais, homenageamos a CAVALARIA!!!


HIPO!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A "JUSTIÇA" DE AYRES DE BRITO!!!!

- STF aprova o Apharteid

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 19 de março, de manter a demarcação da reserva Raposa e Serra do Sol, em Roraima, fronteira do Brasil com a Guiana e a Venezuela, tem apenas um triste e melancólico significado – colocar a soberania brasileira em cheque. O território pertence agora a uma ‘nação indígena’ e nela não poderão viver ou sequer transitar os chamados ‘não índios’, porque os facínoras do Conselho Indigenista de Roraima (CIR) não os reconhecem como irmãos brasileiros. A decisão dos magistrados foi amparada em leis e portarias, mas não na Constituição Brasileira, como observou em seu voto solitário o ministro Marco Aurélio de Melo.

- Marco Aurélio de Melo - um Ministro do Brasil

‘Sou favorável à demarcação correta. E esta somente pode ser a resultante de um devido processo legal, mostrando-se imprópria a prevalência, a ferro e fogo, da óptica do resgate de dívida histórica, simplesmente histórica - e romântica, portanto, considerado o fato de o Brasil, em algum momento, haver sido habitado exclusivamente por índios. Os dados econômicos apresentados demonstram a importância da área para a economia do Estado, a relevância da presença dos fazendeiros na região’.

- Casal terá de deixar reserva indígena após 82 anos

‘Para algumas famílias de Roraima, a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol tem gosto amargo. É o caso da família de Adolfo Esbell. Ele nasceu 82 anos atrás numa casinha às margens do Inamará, igarapé de água escura e fresca que corre no sopé das montanhas que separam o Brasil da Guiana, no norte de Roraima. No domingo passado, ao visitar Esbell, a história do pecuarista inspirou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) a pedir ao STF para que dê mais tempo para a saída das pessoas com mais de 80 anos que vivem na reserva.

O pai de Esbell era venezuelano e a mãe, brasileira, de origem indígena. Ali cresceu, casou, teve 16 filhos, criou gado, cultivou arroz e feijão, fincou raízes que sonhou serem para sempre. O sonho dele desmoronou, porém, no último dia 25, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em área contínua e deu prazo de pouco mais de um mês para todas as famílias não-indígenas saírem da área, levando seus pertences.

O nome de Esbell figurava na lista dos expulsos. O prazo de saída vence amanhã. Mas, até ontem à tarde, Esbell e a esposa, Zilda, de 80 anos, não haviam mudado nada na rotina da área herdada dos pais e que tem 320 hectares. As instituições do governo que estão cuidando da remoção dos não indígenas ofereceram a Esbell R$ 134 mil de indenização e uma área de 280 hectares, num assentamento a quase duas centenas de quilômetros dali. É um lugar de difícil acesso, estradas precárias, sem luz elétrica. ‘Nem fui ver. Pelo que me disseram, não é lugar para mim’, disse ele”. (O Estado de S. Paulo)


- 1º de maio na Raposa e Serra do Sol (Izidro Simões folhabv)

“É preciso frisar, repetir e repetir novamente, que os arrozeiros eram apenas NOVE, e os fazendeiros (pequenos, na maioria / 200 cabeças de gado em média) passavam se 150, e que 28 PERMANECEM, na área, mesmo depois do prazo fatal de 30 de abril, porque não tem para onde e nem como irem. A ênfase do governo federal em cima dos arrozeiros, como se fossem a maioria, dos ‘intrusos’ (!) é porque maior resistência apresentaram e continuam apresentando, inclusive porque tinham condições financeiras de bancarem advogados.

Os fazendeirinhos, gente de pouca instrução e, na sua esmagadora maioria sendo de pequenas posses, chiaram e reclamaram, mas nunca recorreram à Justiça. Assim sendo, o governo bateu duro nos arrozeiros, porque eles tiveram a ‘ousadia’ de contrariarem os interesses ongueiros, estrangeiros e nacionais, da Diocese de Roraima e um governo lulista que não se importa que estrangeiros fiquem com mais um pedaço do Brasil, supostamente entregue ‘para os índios’.

A MALOCA DO CONTÃO, por exemplo, na passagem da ponte sobre o Rio Cotingo, é a maior aldeia macuxi em Roraima. Seu tuxáua é JONAS MARCOLINO, que formou-se em Direito e hoje é o Secretário-Chefe da Secretaria Estadual do Índio. A maloca do Contão tem escola de 1º e 2º graus, telefone de orelhão, ruas, casas de alvenaria, energia elétrica permanente, postes com luminárias, água encanada, granja de projeto SEBRAE, tratores, implementos agrícolas e caminhões e pista de pouso, além de ficar na margem de uma rodovia estadual. Plantam arroz, feijão, melancia para consumo e venda e não são roças; são lavouras extensas, feitas na tecnologia moderna, pois eles tem gente formada nisso.

Nenhum dos índios em Roraima tem terras IMEMORIAIS NO BRASIL. São índios IMIGRANTES: maxuci, ingaricó e taurepang são venezuelanos - wapixana são peruanos, e não se nega que possam viver no Brasil, mas a FUNAI e ONGs dizerem que aqui são suas TERRAS IMEMORIAIS, para alegar supostos VASTOS DIREITOS, é manipulação da história conhecida. A mesma coisa que fizeram com um balaio de etnias amazonenses que a fotógrafa romena CLÁUDIA ANDUJAR (naturalizada suissa), que ‘fabricou’ a ‘etnia ianomami’, com apoio dos banqueiros Rockfeller, dos antropólogos de vários países e decisivo esforço Diocese de Roraima, com seus padres e freiras da Teologia da Libertação, a ala comunista da Igreja Católica.

Imigrantes sempre foram e devem continuar sendo bem vindos e agasalhados em nosso país mas, afirmar, por exemplo, que japoneses, árabes, chineses, judeus, bolivianos, coreanos, indianos, macuxi, ingaricó, taurepang, wapixana e ianomami são filhos de nossa terra e que aqui seriam suas terras imemoriais, é fazer troça de nossa inteligência.

Na chamada ‘desintrusão’ da Raposa / Serra do Sol, além da informação propositalmente torcida e da ofensa de chamar os legítimos donos das fazendas e arrozais, de intrusos e posseiros de má-fé, ficam casos ESTARRECEDORES de crime contra as famílias, a sociedade, afora aquelas de terem tomado as terras de todos os ‘brancos’, com as mais deslavadas, estapafúrdias e despudoradas alegações.

Uma carrada de famílias dessa área é MISTA: ‘branco’ casado com índias, tendo vários filhos, todos vivendo juntos; as relações de compadrio entre fazendeiros e índios; adoção antiga de índio como filho de fazendeiro e que hoje é herdeiro de terras legalmente registradas, mas que com essa homologação, querem que suas terras sejam TERRA EM COMUM com os demais índios.

Todas as perversidades e ilegalidades contra grupos sociais, foram cometidas: desbaratamento de famílias de ‘brancos’ com índias, empobrecimento das pessoas, não indenização, separação e antagonismos de grupos étnicos que se olham e medem com raiva, antagonismos religiosos entre indígenas (índios católicos versus índios evangélicos – como na interminável guerra entre católicos e protestantes na Irlanda).

(...) O Deputado GABEIRA está há vários dias em Roraima acompanhando os acontecimentos na Raposa/Serra do Sol, aflito e temeroso com o que vê. Tem declarado publicamente que receia pelos conflitos entre indígenas, que fatalmente irão acontecer,mais hoje, mais amanhã ou depois, entre os macuxi arrogantes da MINORIA do CIR-Conselho Indígena de Roraima, braço muito ativo da Diocese (padres e freiras a Teologia da Libertação), e a MAIORIA dos índios macuxi, ingaricó, taurepang e wapixana que são filiados da SODIUR-Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima, ALIDICIR-Aliança de Integração e Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de Roraima, ARIKOM-Associação Regional dos Rios Kinô, Cotingo e Monte Roraima.

GABEIRA, acompanhado pelos Senadores Mozarildo Cavalcante (PTB) e Augusto Botelho (PT), em nome do Senado visitaram a cidade de Normandia e Vila Surumu, dentro da área indígena.

Ouvindo e vendo pessoalmente como estão as coisas e os ânimos, todos eles temem por conflitos entre os próprios índios. Vila Surumu é um caso bem demonstrativo: índios do CIR tomaram todas as casas de um lado da rua principal e os índios da SODIUR, todas as do outro lado. Como há muitos anos ‘se estranham’, com conflitos que no passado já desaguaram em assassinatos entre eles, é claramente visto que, querendo ambos os grupos serem donos da Vila Surumu, o conflito físico, de conseqüências imprevisíveis, já está desenhado há tempos. Só não vê, quem não quer, pois os ódios latentes e recíprocos, tem neste momento, todas as condições para um acerto de contas entre eles, que não se bicam e nem se beijam.

O STF designou o Desembargador JIRAIR MEGUERIAN, Presidente do Tribunal Regional Federal, para comandar a desocupação da Raposa/Serra do Sol. Desconhecedor da longa problemática e pouco amistosa relação entre os próprios índios, quer porque quer, que eles sentem e que se entendam sobre a partilha dos bens deixados pelos ‘brancos’.

Reconhece, entretanto, que Vila Surumu é o ponto nevrálgico da Raposa / Serra do Sol, porque ali tanto estão os índios do CIR (à favor da área contínua) quanto os índios da SODIUR (contra a área contínua), que disputam a propriedade do lugar. O CIR não quer arredar o pé de lá, porque é lá que a Diocese de Roraima montou o seu quartel-general, criando uma escola somente para os seus obedientes índios, onde são politicamente doutrinados. Havendo um extenso passado e um presente de encrencas entre eles, não há nenhuma chance do entendimento.

Talvez já desconfiando disso, o Desembargador MEGUERIAN requisitou a presença de 56 policiais federais, que, entretanto, não tem como ficarem morando indefinidamente no local. Enquanto lá estiverem, não haverá manifestações mas, quando de lá saírem.

Um complicador para o Desembargador, é que os 28 pequenos proprietários remanescentes na área, RECUSAM-SE À SAIR. Retirar à força, homens, mulheres e crianças injuriados, humilhados, despojados de todos os seus bens, com a vida truncada pela louca decisão do STF, é impossível de se preverem as conseqüências. Pode não dar em nada, mas pode acontecer de tudo: suicídios ou gente desesperada que tente matar quem os queira tirar à força.

É absolutamente imprevisível o que vai acontecer. MEGUERIAN vai ter de fazer ‘figa’ para tudo dar certo.

Veja-se o caso de CLODOILDE MOEIRA DE MORAIS, expulso da Fazenda Primavera, município de Normandia, não tem onde morar porque não foi reassentado e nem indenizado. Não deram transporte nem para ele e nem para seu gado. Precisou vender parte dos animais para pagar frete e arrendamento de pasto, no município de Alto Alegre. Gastou R$ 5.850,00 de frete, e mais o ICMS, porque transitou com o gado, de um município para outro ! Também vai ter de pagar mais R$ 500,00 mensais pelo arrendamento do pasto, pois senão, seu gado morrerá de fome. Clodoilde, tendo de recomeçar a vida com 70 anos, comprou as terras em LEILÃO JUDICIAL e hoje é chamado de posseiro de má-fé! Por aí vão as coisas na Raposa/Serra do Sol.

Essa é uma pequena parte das muitas terríveis injustiças e desmandos praticados contra as famílias ‘brancas’. Um ditado popular já afirma: “QUEM BATE, ESQUECE. QUEM APANHA, NÃO ESQUECE NUNCA!”



Solicito Publicação

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
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E-mail: hiramrs@terra.com.br