or Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 18 de abril de 2010.
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
(Rui Barbosa)
Pressionados pelas notícias caóticas que povoam nosso dia a dia chegamos a duvidar de que as coisas possam um dia vir a melhorar. A descrença é adubada pelas notícias de pagamento de propinas em todos os níveis de governo, pelas promessas de campanha não cumpridas, bolsas ditaduras pagas a terroristas assassinos que se autodenominam ‘defensores da democracia’, mas cujo objetivo real era implantar a ditadura do proletariado no país, pelo perdão das dívidas que países pobres têm para com o Brasil quando o certo seria diminuir os impostos que obrigam o povo brasileiro a bancar estas ‘cortesias’, por laudos fraudulentos que expulsam cidadãos de bem de suas terras produtivas em nome de injustificáveis resgates históricos. A relação seria infindável, mas gostaríamos de encerrá-la por aqui, para não nos alongarmos demais, concluindo nossa indignação com a indicação de uma terrorista cruel para ocupar o cargo de presidente da república.
- Postura ideológica versus Científica
"A dominação ideológica é igual à subordinação intelectual"
(Antonio Gramsci - marxista italiano, 1944)
A afirmação de Gramsci é contundente - quem tem o domínio da ideologia, tem o domínio sobre a educação e todas as instituições ligadas a ela direta ou indiretamente. As decisões políticas fundamentadas, exclusivamente, em posições nitidamente ideológicas vêm afetando negativamente, nas últimas décadas, as vidas de milhões de brasileiros. Demarcações de terras baseadas em relatos e estudos que atendam somente a uma das partes eliminam o contraditório e disseminam a injustiça. Ao procurar atender aos interesses de uma minoria o governo e o judiciário vem prejudicando a maioria da população e comprometendo os Objetivos Nacionais Permanentes (ONP) que são Democracia, Paz Social, Progresso, Soberania, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional.
É chegado o momento de se abandonar a postura ideológica que ao apreciar e julgar as questões procura estabelecer princípios e orientações baseadas em aspectos subjetivos recorrendo a visões individuais e à consciência pessoal. É uma visão obliterada e que compromete, a longo prazo, os interesses dos próprios cidadãos.
Os governos deveriam adotar posturas científicas para a solução dos problemas. Esta atitude caracteriza-se pela observação, descrição, análise e explicação objetiva dos fenômenos, visando conhecer e ou estabelecer causas e relações entre os mesmos. É uma atitude positiva, racional e autônoma que percorre todas as etapas do processo de pesquisa científica (método).
Procurando mostrar que nem tudo está perdido, repasso aos leitores um e-mail que recebi de meu caro amigo Coronel Cícero Novo Fornari.
- Aos Garotos de Rua da Fonte
“Ontem me aconteceu um fato emocionante. Viajava eu de pé em um carro do metrô abarrotado, cumprindo aquela rotina de velho de buscar guias para exames, resultados, etc. quando ouço atrás de mim, um ensaio tímido de uma canção conhecida: És a nobre Infantaria das armas a rainha, por ti daria a vida minha...
Voltei-me e vi um grupo de cinco jovens, evidentemente “recos”, trauteando a canção do seu quartel. Não resisti e entrei com vigor no coro: ... e a glória prometida nos campos de batalha, está contigo, ante o inimigo pelo fogo da metralha.
Os jovens me olharam com certa surpresa e comentaram entre si: Ele sabe, o cara sabe... E continuaram comigo: Brasil te darei com ardor, toda a seiva e vigor que em meu peito se encerra...
Eu dei corda, aumentei o volume, e logo estávamos cantando a todo o volume a Canção da Infantaria. É claro que criamos curiosidade no nosso entorno, mas continuamos decididos: “mostremos que em nossa Pátria temos valor imenso no intenso da luta”. Logo notei que no fundo do vagão, com entusiasmo dois senhores entraram no coro: “És a nobre Infantaria...”
Quando terminamos com um vibrante “hurra”, alguns passageiros ensaiaram palmas. Já estávamos chegando à Estação da Sé. Um dos rapazes se dirigiu a mim e perguntou: o senhor foi do Exército? E antes que eu respondesse, ele acrescentou o seu ponto-de-vista: “Eu gosto, eu estou feliz”. E, então, eu respondi: Eu sou militar. Eu posso ter saído do Exército, mas o Exército não saiu de mim.
Gostaria de ter falado mais aos rapazes, gostaria de aconselhá-los a sei lá o que, mas mal nos despedimos. A multidão nos engolfou e nos jogou na escada rolante. Com um sorriso nos lábios, fui buscar os meus exames: O Brasil tem conserto!!!”(Cel R1 INF Roberto MISCOW Filho)
domingo, 18 de abril de 2010
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