terça-feira, 25 de outubro de 2011


Aniversário de um Facínora II



Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 25 de outubro de 2011.



A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O Tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado. (Comunicado "Ao Povo Brasileiro" emitido pela VPR)



Dou continuidade ao primeiro artigo em referência ao aniversário do facinoroso Carlos Lamarca. Os juízes brasileiros, às vezes, fazem justiça. A juíza Claudia Maria Pereira Bastos Neiva mostrou corajosamente, em março de 2010, que não se intimida perante a corja mercenária de degenerados que queria implantar uma ditadura comunista no nosso país pela força das armas e que agora, encastelados no poder, pleiteiam gordas indenizações.



Reproduzo, na íntegra, o artigo de Reinaldo Azevedo a respeito da anulação da Portaria do Trotskista Surtado Tarso Genro quando Ministro da “IN”Justiça.



- Reinaldo Azevedo - do blog do autor



A Justiça Federal concedeu nesta sexta-feira, dia 5 de março de 2010, uma liminar para suspender a anistia ao ex-guerrilheiro comunista Carlos Lamarca. Autor da ação, o Clube Militar do Rio pediu a anulação da portaria do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu anistia política post-mortem ao capitão Carlos Lamarca - com promoção ao posto de coronel e proventos de general-de-brigada, além de reparação econômica no valor de R$ 902.715,97, em favor de sua viúva, Maria Pavan Lamarca.

Em julho, a comissão de anistia do Ministério da Justiça havia concedido indenização de R$ 300 mil à viúva e aos filhos de Lamarca pelos dez anos em que estiveram exilados em Cuba. Com a promoção post-mortem, a viúva Maria Pavan Lamarca passaria a receber do Ministério da Defesa uma pensão de R$ 12 mil, correspondente ao montante pago para um general de brigada, do Exército.

A juíza Claudia Maria Pereira Bastos Neiva acatou a alegação do Clube Militar, de que Lamarca não poderia ser beneficiado pela lei de anistia porque desertou do Exército para entrar na luta armada contra o regime militar.

Além disso, em seu despacho, a juíza considerou ‘altamente questionável a opção política de alocação de receitas para pagamento de valores incompatíveis com a realidade nacional, em uma sociedade carente de saúde pública em padrões dignos, deficiente na educação publica, bem como nos investimentos para saneamento básico, moradia popular e segurança’.

A liminar suspende os pagamentos e os benefícios indiretos, inclusive a promoção a general-de-brigada, até o julgamento do mérito da ação, ainda sem data definida. Os autores argumentam que, conforme o Decreto 3.998, de 5 de novembro de 2001, só será promovido post-mortem o oficial que, ‘ao falecer, satisfazia as condições de acesso e integrava a faixa dos oficiais que concorriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou de merecimento’.

Sustentam, assim, que o Conselho de Anistia não pode fazer a promoção, mesmo com o referendo do ministro da Justiça.

Lamarca, que servia num quartel de Quitaúna, em Osasco, quando desertou do Exército para entrar na luta armada, foi comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), da Var-Palmares e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), pelos quais combateu no Vale do Ribeira (SP) e no sertão da Bahia, onde foi emboscado e morto por tropas do Exército, em setembro de 1971. Nascido no Rio, em 27 de outubro de 1937, casou-se em 1959 com Maria Pavan, com quem teve dois filhos - César e Cláudia. Justiça seja feita. Ainda há juízes em Berlim?

No que diz respeito a anistias e reparações - um verdadeiro coquetel de imoralidades e ilegalidades -, raramente vi um caso tão escandaloso como este, de Lamarca.

A promoção - e, consequentemente, parte do valor da indenização - é flagrantemente ilegal. É ilegal porque o Decreto 3.998 diz que só será promovido post-mortem o oficial que, ‘ao falecer, satisfazia as condições de acesso e integrava a faixa dos oficiais que concorriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou de merecimento’. E o que se pode afirmar de um desertor, que optou pela luta armada e pelo terrorismo???

Sim: ainda que eu considere ambas as práticas condenáveis, não são a mesma coisa. Ele era também um terrorista, não apenas um soldado do comunismo.

A indenização é também imoral. Lamarca conhecia os riscos da luta e não teria tido, com aqueles que o mataram, mais complacência do que tiveram com ele. Aliás, teve a chance de demonstrá-lo: e optou pela morte cruel de um prisioneiro. Isso é história, não ideologia.

Vamos ver que desculpa dará o Ministério da Justiça para ter optado pela promoção ao arrepio do que diz o decreto 3.998.. E notem bem: a justificativa de que ele tinha direito à rebelião porque havia uma ditadura no Brasil é estúpida, inverídica. Ele também queria uma ditadura, só que outra, a comunista. Mais ainda: se estava descontente com a orientação do Exército, que pedisse baixa, abandonasse a carreira.. Ele escolheu o contrário: voltou as suas armas contra a Força à qual pertencera. E, agora, se pede a esta mesma Força que o promova?

E há um aspecto irônico em tudo isso. A família Lamarca está sendo indenizada também pelos anos passados em Cuba. Ora, por quê? Não dizem os comunistas, até hoje, que lá se realizava e se realiza o sonho do socialismo? Por que dar compensações a alguém que viveu a antecipação do paraíso que o próprio Lamarca queria ver reproduzido no Brasil.

Guerrilha não é caderneta de poupança. Terrorismo não é investimento em bolsa de valores. Esquerdismo não é aposta no mercado de futuros. A se dar crédito aos valentes, não se dedicaram à causa para enriquecer ou para tornar ricos os descendentes. A juíza está certa: troquemos nossos falsos mártires esquerdistas por crianças pobres!

– Blog e Livro



Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e das “Travessias da Laguna dos Patos (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.



O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.



Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

REVOLUÇÃO DE 1964!

12/10 - Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de1964





Por Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref EB
No dia 31 de março de 1964 foi deposto o Presidente da República, João Goulart.
Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros de tomada do poder, alguns outros de Revolução de 1964. Eu prefiro considerá-lo como a Contra-Revolução de 31 de março de 1964.
Vou lhes explicar o meu ponto de vista ao longo deste artigo. Espero que ao final vocês tenham dados suficientes para julgar se estou certo.
Vocês foram cansativamente informados por seus professores, jornais, rádios, TV e partidos políticos :
Texto completo


- que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas;






Leitura recomendada:
A GRANDE MENTIRA
Agnaldo Del Nero Augusto


- que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela "redemocratização" do país;
- que os militares assim agiram a mando dos Estados Unidos, que temiam o comunismo instalado no Brasil;
- que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura e pela redemocratização do país.
Com quantas inverdades fizeram a cabeça de vocês!
E por que essas mentiras são repetidas até hoje?
Foi a maneira que eles encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil.
Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento.
Vocês que não viveram essa época acreditam, piamente, no que eles dizem e se revoltam contra os militares.
Vamos aos fatos, pois eu vivi e participei dessa época.
Em março de 1964 eu era capitão e comandava uma bateria de canhões anti-aéreos do 1º Grupo de Artilharia Anti-Aérea, em Deodoro, no Rio de Janeiro.
A maioria dos oficiais que serviam no 1º Grupo de Artilharia AAe, entre eles eu, teve uma atitude firme para que o Grupo aderisse à Contra-Revolução.
Eu era um jovem com 31 anos. O país vivia no caos. Greves políticas paralizavam tudo: transportes, escolas, bancos, colégios. Filas eram feitas para as compras de alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. Revolta dos marinheiros no Rio; revolta dos sargentos em Brasília. Na minha bateria de artilharia havia um sargento que se ausentava do quartel para fazer propaganda do Partido Comunista, numa kombi, na Central do Brasil.
Isto tudo ocorria porque o governo João Goulart queria implantar as suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Pensava, por meio de um ato de força, em fechar o Congresso Nacional com o apoio dos militares "legalistas".
Vocês devem estar imaginando que estou exagerando para lhes mostrar que a Contra-Revolução era imperativa naqueles dias. Para não me alongar, vou citar o que dizem dois conhecidos comunistas:
- depoimento de Pedro Lobo de Oliveira no livro "A esquerda armada no Brasil" - "muito antes de 1964 já participava na luta revolucionária no Brasil na medida de minhas forças. Creio que desde 1957. Ou melhor, desde 1955". "Naquela altura o povo começava a contar com a orientação do Partido Comunista".
- Jacob Gorender - do PCBR, escreveu no seu livro "Combate nas Trevas": "Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse".
Diariamente eu lia os jornais da época: O Dia, O Globo, Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias, etc... Todos eram unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam a sua saída, em nome da manutenção da democracia. Apelavam para o bom senso dos militares e até imploravam a sua intervenção, para que o Brasil não se tornasse mais uma nação comunista.
Eu assistia a tudo aquilo com apreensão. Seria correto agirmos para a queda do governo? Comprei uma Constituição do Brasil e a lia seguidamente. A minha conclusão foi de que os militares estavam certos ao se antecipar ao golpe de Jango.
Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem e evitar o caos. Nós não tinhamos que defender o governo; tinhamos que defender a nação.
O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, São Paulo e outras cidades do país. Todos






Marcha da Família com Deus pela Liberdade

pedindo o fim do governo João Goulart, antes que fosse tarde demais.
E, assim, aconteceu em 31/03/1964 a nossa Contra-Revolução.
Os jornais da época (Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil; Tribuna da Imprensa e outros ) publicaram, nos dias 31/03/64 e nos dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude dos militares. Os mesmos jornais que, hoje, combatem a nossa Contra- Revolução.
Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta fraticida, pensando que lutavam contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje. Na verdade, tudo já estava se organizando. Em 1961, em pleno governo Jânio Quadros, Jover Telles, Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Logo depois, alguns jovens eram indicados para cursos na China e em






Leitura recomendada
Difusão do Projeto Orvil
download no site

Cuba. Bem antes de 1964 a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B para implantar a guerrilha rural.
Em 1961 estávamos em plena democracia. Então para que eles estavam se organizando? Julião já treinava as suas Ligas Camponesas nessa época, que eram muito semelhantes ao MST de hoje. Só que sem a organização, o preparo, os recursos, a formação de quadros e a violenta doutrinação marxista dos atuais integrantes do MST.
E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas.
Então, começou a luta armada.
Foram vários atos terroristas: o atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966; a bomba no Quartel General do Exército em São Paulo, em 1968; o atentado contra o consulado americano; o assassinato do industrial Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler; seqüestros de embaixadores estrangeiros no Brasil .
A violência revolucionária se instalou.






Atentado a bomba - Aaeroporto de Guararapes
2 mortos e 13 feridos graves, inclusive uma
criança. Foto do Almirante Nelson Gomes
Fernandes, um dos mortos .


Assassinatos, ataques a quartéis e a policiais aconteciam com freqüência.
Nessa época, eles introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje.Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China.
As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam , sozinhas, impor a lei e a ordem.
Acuado, perdendo o controle da situação, o governo decretou o AI-5, pelo qual várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitário mas necessário. A tênue democracia que vivíamos não se podia deixar destruir.
Para combater o terrorismo, o governo criou uma estrutura com a participação dos Centros de Informações da Marinha (CENIMAR), do Exército (CIE) e da Aeronáutica (CISA). Todos atuavam em conjunto, tanto na guerrilha rural quanto na urbana. O Exército, em algumas capitais, criou o seu braço operacional, os Destacamentos de Operações de Informações ( DOI). Para trabalharem nos diversos DOI do Brasil, o Exército seleciononou do seu efetivo alguns majores, capitães e sargentos. Eram, no máximo, 350 militares, entre os 150 mil homens da Exército.
Eu era major, estagiário da Escola de Estado Maior. Tinha na época 37 anos e servia no II Exército, em São Paulo. Num determinado dia do ano de 1970, fui chamado ao gabinete do comandante do II Exército, general José Canavarro Pereira, que me deu a seguinte ordem: "Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Ex. Vá, assuma e comande com dignidade".
A partir desse dia minha vida mudou. O DOI de São Paulo era o maior do país e era nesse Estado que as organizações terroristas estavam mais atuantes. O seu efetivo em pessoal era de 400 homens. Destes, 40 eram do Exército, sendo 10 oficiais, 25 sargentos e 5 cabos. No restante, eram excelentes policiais civis e militares do Estado de São Paulo. Esses foram dias terríveis! Nós recebíamos ameaças freqüentemente.
Minha mulher foi de uma coragem e de uma abnegação total. Quando minha filha mais velha completou 3 anos de idade, ela foi para o jardim da infância, sempre acompanhada de seguranças. Minha mulher não tinha coragem de permanecer em casa, enquanto nossa filha estudava. Ela ficava dentro de um carro, na porta da escola, com um revólver na bolsa.
Não sómente nós passamos por isso! Essa foi a vida dos militares que foram designados para combater o terrorismo e para que o restante do nosso Exército trabalhasse tranqüilo e em paz.
Apreendemos em "aparelhos" os estatutos de, praticamente, todas as organizações terroristas e em todos eles estava escrito, de maneira bem clara, que o objetivo






Leitura recomendada:
O autor era militante do
Partido Comunista Brasi-
leiro Revolucionário -PCBR

da luta armada urbana e rural era a implantação de um regime comunista em nosso país.
Aos poucos o nosso trabalho foi se tornando eficaz e as organizações terroristas foram praticamente extintas, por volta de 1975.
Todos os terroristas quando eram interrogados na Justiça alegavam que nada tinham feito e só haviam confessado os seus crimes por terem sido torturados. Tal alegação lhes valia a absolvição ou diminuição da pena no Superior Tribunal Militar. Então, nós passamos a ser os " torturadores".
Hoje, como participar de seqüestros, de assaltos e de atos de terrorismo passou a contar pontos positivos para os seus currículos, eles, posando de heróis, de defensores da democracia, admitem ter participado das ações. Quase todos continuam dizendo que foram torturados e perseguidos politicamente. Com isso recebem indenizações milionárias e ocupam elevados cargos públicos. Nós continuamos a ser seus " torturadores" e somos os verdadeiros perseguidos politicos. As vítimas do terrorismo até hoje não foram indenizadas.
O Brasil com toda a sua população e com todo seu tamanho teve, até agora, 119 mortos identificados, que foram assassinados por terroristas, 43 eram civis que estavam em seus locais de trabalho ( estima-se que existam mais cerca de 80 que não foram identificados ); 33 policiais militares; 12 guardas de segurança; 8 militares do Exército; 3 agentes da Polícia Federal; 3 mateiros do Araguaia; 2 militares da Marinha; 2 militares da Aeronáutica; 1 major do Exército da Alemanha; 1 capitão do Exército dos Estados Unidos; 1 marinheiro da Marinha Real da Inglaterra.







Presidente Dilma Rousseff, eleita
pelo voto direto , Temos certeza,
que graças à luta que empreen-
demos. Ela pertenceu à Polop, ao
Colina, VPR e Var-Palmares.

A mídia fala sempre em "anos de chumbo", luta sangrenta, noticiando inclusive que , só no cemitério de Perus, em São Paulo, existiriam milhares de ossadas de desaparecidos políticos. No entanto, o Grupo Tortura Nunca Mais reclama um total de 284 mortos e desaparecidos que integravam as organizações terroristas. Portanto, o Brasil, com sua população e com todo o seu tamanho, teve na luta armada, que durou aproximadamente 10 anos, ao todo 404 mortos.
Na Argentina as mortes ultrapassarm 30.000 pessoas; no Chile foram mais de 4.000 e no Uruguai outras 3.000. A Colômbia, que resolveu não endurecer o seu regime democrático, luta até hoje contra o terrorismo. Ela já perdeu mais de 45.000 pessoas e tem 1/3 do seu território dominado pelas FARC.
Os comunistas brasileiros são tão capazes quanto os seus irmãos latinos. Por que essa disparidade?
Porque no Brasil dotamos o país de leis que permitiram atuar contra o terrorismo e também porque centralizamos nas Forças Armadas o combate à luta armada. Fomos eficientes e isso tem que ser reconhecido. Com a nossa ação impedimos que milhares de pessoas morressem e que esta luta se prorrogasse como no Peru e na Colômbia.
No entanto, algumas pessoas que jamais viram um terrorista, mesmo de longe, ou preso, que jamais arriscaram as suas vidas, nem as de suas famílias, criticam nosso trabalho. O mesmo grupo que só conheceu a luta armada por documentos lidos em salas atapetadas e climatizadas afirma que a maneira como trabalhamos foi um erro, pois a vitória poderia ser alcançada de outras formas.
Já se declarou, inclusive, que: " a ação militar naquele período não foi institucional. Alguns militares participaram, não as Forças Armadas. Foi uma ação paralela".
Alguns também nos condenam afirmando que, como os chefes daquela época não estavam acostumados com esse tipo de guerra irregular, não possuíam nenhuma experiência. Assim, nossos chefes, no lugar de nos darem ordens, estavam aprendendo conosco, que estávamos envolvidos no combate. Segundo eles, nós nos aproveitávamos dessa situação para conduzir as ações do nosso modo e que, no afã da vitória, exorbitávamos .
Mas as coisas não se passavam assim . Nós que fomos mandados para a frente de combate nos DOI, assim como os generais que nos chefiavam, também não tínhamos experiência nenhuma. Tudo o que os DOI faziam ou deixavam de fazer era do conhecimento dos seus chefes. Os erros existiram, devido à nossa inexperiência, mas os nossos chefes eram tão responsáveis como nós.
Acontece que o nosso Exército há muito tempo não era empregado em ação. Estava desacostumado com a conduta do combate, onde as pessoas em operações têm que tomar decisões, e decisões rápidas, porque a vida de seus subordinados ou a vida de algum cidadão pode estar em perigo.
Sempre procurei comandar liderando os meus subordinados. Comandei com firmeza e com humanidade, não deixando que excessos fossem cometidos. Procurei respeitar os direitos humanos, mas sempre respeitando, em primeiro lugar, os direitos humanos das vítimas e, depois, os dos bandidos. Como escrevi em meu livro "Rompendo o Silêncio ", terrorismo não se combate com flores. A nossa maneira de agir mostrou que estávamos certos, porque evitou o sacrifício de milhares de vítimas, como aconteceu com os nossos vizinhos. Só quem estava lá, frente a frente com o terroristas, dia e noite, de arma na mão, pode nos julgar.
Finalmente, quero lhes afirmar que a nossa luta foi para preservar a democracia. Se o regime implantado pela Contra -Revolução durou mais tempo do que se esperava, deve-se, principalmente, aos atos insanos dos terroristas. Creio que, em parte, esse longo período de exceção deveu-se ao fato de que era preciso manter a ordem no país.
Se não tivéssemos vencido a luta armada, hoje estaríamos vivendo sob o tacão de um ditador vitalício como Fidel Castro e milhares de brasileiros teriam sido fuzilados no "paredón" ( em Miami em fevereiro, foi inaugurado por exilados cubanos, um Memorial para 30.000 vítimas da ditadura de Fidel Castro).
Hoje, graças à nossa vitória na luta armada, temos no poder muitas pessoas que combatemos e que lá chegaram pelo voto popular.






Paulo Vannuchi e Tarso Genro, ex-mili-
tantes da luta armada e mentores da
Comissão da Verdade . No projeto , tive-
o cuidado de excluirem os Companheiros.
Qual a Verdade que eles procuram?


Tinhamos esperança de que elas esquecessem os seus propósitos de 40 anos passados. Não foi o que aconteceu.
Infelizmente, acreditamos que não viveríamos o revanchismo a que eles, com denodo, estão impondo. A tal Comissão da Verdade, com o apoio dos políticos, está aí e não nos deixa mentir.
Como tem acontecido nos processos que estão movendo contra nós nas Varas Cíveis, as provas materiais colhidas na época da luta armada, os Inquéritos Policiais feitos pelo DOPS, os laudos dos Institutos Médicos Legais , a aprovação do Inqueritos Policiais pela Justiça






Cel Refm Carlos Alberto Brilhante Ustra
agradece a presença de civis e militares,
em almoço oferecido a ele, no Salão
Nobre do Clube Militar/RJ, na gestão do
General Gilberto Figueiredo

Militar, as provas testemunhais obtidas, tudo devidamente arquivado no Superior Tribunal Militar, não tem valor algum . São desconsiderados porque "foram forjados pela ditadura".
Agora, o que tem valor é o depoimento de cinco ou seis militantes que, depois de combinarem o que vão falar para nos acusar de torturadores, mentem, juntos, até a exaustão, perante os juizes destas Varas Cíveis. E , no final somos condenados por tortura,
O mesmo acontecerá com o relatório da Comissão da Verdade.
O autor é coronel reformado do Exercito e foi Comandante do DOI/CODI/ II Ex ; Instrutor Chefe do Curso de Operações da Escola Nacional de Informações e Chefe da Seção de Operações do CIE.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

RESPOSTA DO CORONEL FORRER À CARTA CAPITAL

Assunto: RESPOSTA A Carta Capital 668
Enviada: 17/10/2011 00:58

Senhor LEANDRO FORTES, repórter da revista Carta Capital. Sobre reportagem de sua autoria na edição n° 668, de 19 de outubro de 2011, gostaria de levar ao seu conhecimento que se segue:

Uma vez que o senhor leu, mesmo que por alto, esse Manual de Campanha que tanto detrata em sua reportagem, deve então saber que seu trabalho enquadra-se na técnica de propaganda conhecida como “propaganda divisionista”. Isto é, um textozinho que se mostra indisfarçável na sua intenção de atingir os militares, com o intuito de afastá-los ou indispô-los contra a sociedade. Por isso, divisionista.

Usando uma técnica de contrapropaganda que senhor conhece, vou tentar rebater ponto a ponto , parágrafo por parágrafo, as insanidades por você escritas, mas sei que, como nas tantas outras reportagens do estilo dessa sua, que nem novidade é, será gastar muita pólvora com tico-tico.

Começo pelo fim. Quando o senhor desconsidera o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) que teria terminado uma nota à sua revista com o que o senhor considera como uma ameaça, saiba (sim, porque o senhor provou que não sabe) que o que ali está dito nada mais é do que um parágrafo do Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002 (Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado...) assinado pelo então presidente Lula. Diz o Decreto: Art° 37 – Parágrafo 1°... “Todo aquele que tiver conhecimento, nos termos deste Decreto, de assuntos sigilosos, fica sujeito às sanções administrativas, civis e penais, decorrentes da eventual divulgação dos mesmos.” e Art° 65 “Toda e qualquer pessoa que tome conhecimento de documento sigiloso, nos termos deste Decreto fica, automaticamente, responsável pela preservação do seu sigilo.”

Portanto senhor jornalista, não se trata de ameaça, senão do cumprimento do que a lei preconiza. Caso o senhor não goste da lei, vá queixar-se a quem a fez e a sancionou, e não venha com insinuações de baixo nível para cima de quem a cumpre.

Quanto ao título de sua reportagem – caso o senhor tenha realmente estudado o manual, como os militares que, por dever de ofício o fazem, trata-se de uma “generalização brilhante”, pois emprega a palavra “nós” para iludir seus leitores. O senhor não tem procuração minha para falar em meu nome e, certamente, no nome de tantos outros brasileiros. Ao dizer “Nós, os inimigos”, o senhor peca novamente, por generalizar indevidamente. Eu, assim como tantos outros brasileiros, não me considero um inimigo do Exército.

Quando o senhor emprega erroneamente o conceito de “Forças Adversas”, deveria ter procurado saber que esse conceito veio justamente para acabar com a antiga expressão “inimigo interno”, antigamente usada para referência às forças citadas no manual e que tem potencial para perturbar a lei e a ordem. Como devia ser de seu conhecimento, a Constituição de 1988 atribuiu como uma das missões das Forças Armadas “a garantia da Lei e da Ordem.”

Então, cabe aos militares estudar o adversário, sob pena de prevaricar de seu dever de estarem sempre preparados para cumprir com seus deveres constitucionais. O senhor como cidadão, o que diria se as Forças Armadas, particularmente o Exército, fossem chamadas a cumprir seu dever e fossem “apanhadas com as calças na mão”?

O manual ao que o senhor se refere não foi classificado internamente como “Reservado”. Ele foi classificado como manda a lei, ou seja, como manda o Decreto a que já me referi. No meu entender, acho até baixa a classificação sigilosa que lhe foi atribuída de “Reservado”. Caberia muito bem a classificação “Confidencial”, o que lhe restringiria mais um pouco a circulação. Talvez assim, jornalistas tendenciosos e mal informados como o senhor não tivessem acesso ao documento. Saiba que a classificação “Reservado” foi atribuída para facilitar a circulação “interna corporis”. Porém, como em outras profissões, como a sua por exemplo, existem os maus militares e – com toda a certeza – foi um desses que lhe facilitou o acesso ao manual.

Saiba que se for para defender a Pátria não incomoda aos militares serem chamados de paranoicos. Não mesmo. O que interessa aos militares é cumprir a missão. Quanto a existirem movimentos sociais, ONG e órgãos governamentais com inspiração adversa ao País como pátria e nação, somente um ignorante pode admitir que não existam. Pelo fato dessa minha carta ser destinado ao senhor, deixo de citar algumas dessas organizações, mas o senhor, que se considera esperto, deve admitir que elas existem. Certos países, bem mais desenvolvidos que o nosso, continuam adotando a expressão “inimigos internos” (“...foreign and domestic enemies...”). O Exército, para ser coerente com a evolução social do País, adotou a expressão “Força adversa”, deixando a “Força oponente” apenas para os “foreign”, ou seja, para os inimigos estrangeiros.

Quanto ao manual ter sido aprovado por um oficial-general chefe do estado-maior do Exército, espanta-me partir de um jornalista esta alusão. Talvez quisesse o senhor que um manual desse nível fosse aprovado pelo “cabo das baias”? Mas no Exército não é assim. No Exército é: “A cada um segundo seus méritos. A cada um segundo suas responsabilidades.” E não passou desapercebida a exploração totalmente desnecessária que a revista fez da imagem de um familiar do General. Qualquer “zé mané” em edição gráfica saberia recortar a foto e publicar apenas a imagem do oficial-general, que, aliás, desfruta de elevado respeito na Força e das pessoas que com ele trabalharam.

O senhor goza de igual respeito senhor jornalista?

Quando o senhor fala de “expediente vetado a arapongas militares desde a Constituição de 1988”, vê-se que nem a Constituição o senhor conhece, pois não há nada nela que trate do assunto. Quando seu textinho fala de “política de infiltração de agentes de inteligência militar em organizações civis, notadamente movimentos sociais e sindicatos...”, saiba que não existe política nenhuma a esse respeito. A conclusão esdrúxula é de sua total responsabilidade, tentando enganar seus leitores. O senhor mesmo ao reproduzir parte do manual com alusão a essas palavras e ações, diz que se trata do “4-6 Medidas de Contra Espionagem”, quais sejam, medidas que podem ser adotadas para evitar a espionagem adversa ou oponente. Seria o senhor jornalista tão ingênuo que achasse que o Brasil ou uma instituição nacional como o Exército estariam infensos à espionagem? Deixo de falar pelo Brasil, por não me sentir seguro para tal, mas saiba o senhor que o Exército já foi alvo de tentativas de infiltração por integrantes de “forças adversas”, como o crime organizado, por exemplo, ou, no seu entender, o crime organizado não pode ser chamado de “força adversa”?

Sobre o uso do que preconiza o manual para orientar ações disciplinares contra oficiais da Força, queria que o senhor soubesse que as Forças Armadas dispõem de outro manual muito eficaz para essa finalidade que é o Regulamento Disciplinar. O manual que o senhor tropegamente explora apenas diz os cuidados que se deve ter para com o chamado “inimigo na trincheira”, alusão àqueles militares que, desajustados na profissão, passam da posição de lealdade para a de verdadeiros agentes de forças adversas: tornam-se informantes de alguns órgãos, tentam inverter a cadeia de comando, tentam criar hierarquias paralelas, ou envolvem-se com corrupção. Ou, no seu entender, pessoas que agem assim não podem ser chamadas de “elementos adversos”?

Quando o senhor faz referência à Escola Superior de Guerra, dá outra prova de total ignorância sobre o que está tratando, uma vez que a ESG nada tem a ver com o manual. Desafio-o a encontrar uma só referência à ESG no corpo do manual. A ESG trabalha numa outra esfera de atribuições, tão importantes que não lhe deixa tempo para tratar de um manual de campanha do Exército. Como se diz “no popular”, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Em seguida, esse jornalista, consoante o tom divisionista que adota em todo o seu textinho, procura mostrar que foi a Carta Capital que levou ao conhecimento do Ministro da Defesa e existência do manual de Contra Inteligência e que o ministro – nada além de sua obrigação – consultou os comandantes militares a respeito. Repito, se fez, fez apenas sua obrigação. Ou esse jornalista acha que a cada ministro da defesa que assume, tem-se que dar conhecimento a ele de todos os manuais que as Forças usam? No Exército existem manuais que ensinam como conduzir um cavalo à mão, como ajustar o tiro de Artilharia por combatente de qualquer arma, como calcular cargas de explosivos para trabalhos de engenharia, outro sobre toques de corneta e clarim. Será que o ministro terá interesse em saber o que mais consta deles? Deixar de regular a sua atividade profissional, para uma Força Armada é prevaricar. Quanto ao fato de o manual ter sido distribuído à Marinha e à Força Aérea, o jornalista, se tivesse estudado o assunto antes de escrever besteiras, saberia que é uma prática comum entre as Forças Armadas trocar entre si manuais doutrinários sobre assunto que seus respectivos órgão geradores de doutrina julguem serem de interesse mútuo.

Esse jornalista faz referência a Pandiá Calógeras como se ele representasse a submissão dos militares ao poder civil, quando, na verdade, pelo menos no âmbito do Exército, Pandiá é tido como um dos melhores ministros da guerra que a Força teve. Até hoje existem espalhados pelo Brasil quartéis construídos num formato padronizado no tempo de Pandiá Calógeras. Não importa se o ministro é da guerra ou da defesa. O que importa é que ele entenda para que existem as Forças e as respeitem quanto ao seu emprego. Já tivemos ministros que nem sabiam a diferença entre um blindado e um carro-forte.

Caso o senhor tivesse lido e entendido o texto do manual, sem a intenção de explorar trechos fora do contexto, teria observado que no capítulo sobre a Contraespionagem, no que se refere à Segurança Ativa, está-se tratando da espionagem numa das acepções da palavra, a que trata da espionagem estrangeira no Brasil, de modo a orientar os militares brasileiros sobre o modo como, via de regra, os serviços de Inteligência estrangeiros atuam... e o senhor, como jornalista, deveria saber que eles atuam exatamente como o ali descrito. Ou o senhor imagina que um adido militar em serviço no Brasil vem para cá somente para admirar nossas belas paisagens? Eles recrutam brasileiros e depois os infiltram onde querem. Sobre controle da Imprensa, saiba o senhor que, infelizmente, essa própria reportagem sua será lida pelos adidos militares em serviço no Brasil e será por eles repassada a seus países de origem, com comentários sobre a insistência da Imprensa brasileira em atacar suas Forças Armadas com a clara intenção de afastá-las da sociedade e aqueles adidos que não conheciam o manual certamente agora vão procurá-lo completo, para conhecer como funciona a contra inteligência do Exército. Quer dizer, o senhor como jornalista brasileiro acaba de prestar um duplo desserviço para com seu próprio País. Aproveitando, a respeito do acompanhamento de militares estrangeiros no Brasil, imagine que, certa vez, pousou, em uma cidade importante, à noite, um avião militar estrangeiro. Um militar desceu e imediatamente tomou um carro alugado que estava à sua espera. Foi direto para Anápolis/GO. Anápolis/GO abriga a base aérea responsável pela defesa aérea do Planalto Central do Brasil. Ainda, como há algum tempo atrás não se fizesse esse acompanhamento, quando ele foi reativado, descobriu-se, em outra cidade importante, um oficial de país estrangeiro que estava há seis anos no Brasil. Tinha até montado uma empresa em bairro nobre da cidade. Isto, da parte do Exército, não é espionagem. É acompanhamento.

Quando o manual fala em “público interno”, incluindo pessoal da ativa, da reserva, reformados e familiares de todo esse grupo, não se trata de incluir civis no sistema de Inteligência e sim delimitar o universo de pessoas que são influenciadas e influenciam de forma mais direta nas decisões da Força. Imagina o senhor que, por exemplo, uma restrição ou modificação inesperada no sistema de saúde do Exército não virá a influenciar a todos, inclusive os da ativa? Posso lhe dar outro exemplo: minha filha cursava o primário num colégio particular em São Paulo. Certo dia, a classe dela foi realizar um passeio de van. Sabe aonde o colégio a levou? Para a frente da 36ª Delegacia de Polícia. E sabe o que foi dito pela professora às crianças? Que ali funcionara um centro de repressão da ditadura e era onde muitas pessoas tinham sofrido torturas. O senhor veja só senhor jornalista. Crianças de curso primário. É lógico que minha filha ao chegar em casa questionou-me a respeito. Isso a torna uma “agente de Inteligência” sem missão definida, no dizer de suas palavras? A esposa de militar da Reserva, ambos com idade avançada, recebe um encaminhamento hospitalar para uma organização civil de saúde e lá ambos são destratados e mal atendidos. Ele vai ao hospital militar que o encaminhou e faz uma reclamação contra a clínica. Isso os torna “agentes de Inteligência” sem missão definida? O que ele está fazendo nada mais é do que defendendo o Sistema Exército, dando conta um contrato mal cumprido por uma das partes.

Reconhecendo que não devo ter o alcance intelectual desse jornalista, não consigo entender o enfoque que o senhor dá à expressão “público externo”. Se o outro universo foi definido como público interno, o há de errado em considerar as pessoas que estão fora desse grupo de público externo? Até onde eu sei, o que não é interno é externo.

Entenda que – historicamente – o Exército sempre esteve ao lado do povo que, por sua vez, sempre pode contar com ele quando precisou. Isso é História senhor jornalista. O senhor precisa ler melhores livros. Por mais que os livros de história modernos tentem deturpar a História, os livros clássicos sempre ficam, a menos que alguém já os esteja queimando, como fizeram os nazistas, e eu não saiba.

Novamente, o senhor se esmera em parecer pouco informado ao tentar desclassificar a preocupação que a Força tem com a espionagem em suas próprias fileiras. O senhor deveria saber que a espionagem é um fato, um ato deliberado de quem quer alguma coisa. Até ladrões não partem para um assalto sem colher o máximo de informações sobre seu alvo e, se possível, procuram contar com as chamadas “informações internas”. O senhor saberia dizer-me por que o Exército estaria livre desse tipo de ação? Hilário não é o manual. Hilário é quem menospreza as medidas tomadas pela Instituição em defesa de si própria. Agir diferentemente disso não seria, no seu entender, prevaricar no exercício do dever?

Um agente infiltrado por uma ação de espionagem não tem nada a ver com “inocente útil”, como o senhor afirma. Um “inocente útil” pode ser um jornalista que, por meio de suas reportagens, esteja a serviço de uma ideologia ou de grupos que o influenciam em suas reportagens em benefício próprio. Este é o “inocente útil”.

Quanto ao Exército acompanhar seu público interno, não consigo ver onde estaria o erro. Conto uma história: certa vez observou-se um militar que, do dia para a noite, trocou seu “corsinha” 1.0 para um Toyota Camry. Primeiro, procurou-se ver se ele tinha ganhado algum prêmio ou concurso. Depois, verificou-se que ele financiara a compra do novo carro em prestações, que, com seu soldo, ele não poderia pagar. A fonte do dinheiro era sua esposa, que praticava fraudes na área do turismo. Então, senhor jornalista, onde está o mal da instituição em proteger-se ao procurar saber da cumplicidade de um seu integrante numa fraude rendosa?

Sobre a Contra Inteligência Interna, quando o senhor escreve que a norma tem servido para enquadrar militares que caíram em desgraça dentro do Exército, eu preferiria dizer “militares que se mostraram desadaptados à profissão que escolheram” e o lembraria que a expulsão não é um risco. A expulsão é um ato disciplinar previsto e quem quer agir de modo contrário às normas vigentes assume o ônus por seu comportamento. Sobre o capitão ao qual o senhor se refere não vou fazer outros comentários. Apenas, acho que por ainda estar no serviço ativo do Exército, ele somente deveria se deixar fotografar com a barba feita e não se deixar fotografar tendo como fundo uma estátua de um militar. Quer dizer: provocação pura! E nem esse jornalista deveria insinuar algo de anormal no atropelamento do militar, dizendo que o carro que o atropelou jamais foi identificado. O Exército ainda não tem a função de controlar as ruas da cidade. É possível que ainda venha a ter. Afinal... é tanta missão fora da sua destinação constitucional. Sobre as estórias do capitão, sugiro que esse jornalista consulte os inquéritos a respeito. Caso algum deles tenha alguma classificação sigilosa, não se intimide em descumprir a lei, publique-os. A lei que protege documentos aos quais foi atribuído algum grau de sigilo não tem importância para o senhor, no melhor estilo: “ A lei? Ora, a lei!”

Em seguida o senhor volta à questão das “forças e/ou elementos adversos”. Senão vejamos. Para uma Força que tem a destinação constitucional de garantir a lei e a ordem, não é lícito conhecer quem:

-pratica ocupação e invasão de áreas públicas e/ou privadas: o senhor desconhece que isso aconteça em nosso País quase que semanalmente?

- bloqueio de vias de circulação: são índios cobrando pedágios ou queimando pneus em vias federais. São movimentos sociais ocupando praças de pedágio, causando atritos com as autoridades, sendo necessário o uso de armas de fogo.

- promoção de greves em setores essenciais: o senhor mesmo cita a recente greve dos correios. O senhor como um cidadão brasileiro, não julga que, num exercício de pensamento, caso a greve dos correios persistisse, não faltaria um gaiato para pedir que o Exército Brasileiro, por sua capilaridade em todo o território nacional, assumisse a entrega da gigantesca demanda acumulada? É possível, pois veja: já somos chamados a distribuir água no Nordeste, patrulhar o Morro do Alemão, a ser guardas de parque na Marambaia, a vacinar cachorros, combater focos do mosquito da dengue, a combater incêndios em Roraima...por que não entregar cartas? Por fim, nesse parágrafo, por sua própria conclusão, cita um movimento social como “inimigo”. Outra vez lanço o desafio para que esse jornalista mostre no manual onde está escrito que o Exército tem esse movimento social como “inimigo”. A inferência e o uso dessa palavra é totalmente sua, provando sua má-fé no trato do assunto.

Quando esse jornalista trata do Terrorismo, aí então, outra vez, demonstra seu total desinteresse em informar seus leitores, senão o de atingir a credibilidade de uma publicação de responsabilidade do Exército. Caso, mais uma vez, o senhor tivesse lido com atenção o manual, na parte que se refere ao Terrorismo, teria observado que certas organizações seriam sim consideradas terroristas se, e tão somente se, recorressem a atos terroristas para provar suas ideias. Como fizeram os palestinos durante muito tempo, como fizeram os militantes contra o aborto nos Estados Unidos, como o fez por muito tempo o Sendero Luminoso no Peru, como fazem as FARC na Colômbia. Todos são movimentos sociais, mas recorreram a atos terroristas. E mais, o senhor como jornalista interessado nesses assuntos deve saber o motivo de – até a data de hoje – o Brasil não dispor de uma lei antiterrorista. Sabe por quê? Por que as autoridades não se entendem sobre a definição de “organização terrorista” pois, a serem considerados os conceitos universais de organização terrorista, certo “movimento social” como o senhor escreve teria de ser enquadrado naquela definição. E aí como é que fica? Como em tantos outros assuntos, as autoridades preferem fechar os olhos. Não há lobby do Exército para a aprovação uma lei antiterrorismo. O que o Exército quer é conhecer o oponente, senão, como combatê-lo? A exemplo de outros países, pode sim ser necessária uma legislação especial para poder-se dar combate aos terroristas. Haja vista os Estados Unidos que, imediatamente após os ataques terroristas de “11 de Setembro”, instituiram o chamado Ato Patriótico, uma lei de exceção no melhor estilo.

Mais uma vez o senhor se esmera em descontextualizar o texto do manual ao escrever que ali está dito que, se necessário, controlar os meios de comunicação, já que a decisão de difundir deve estar centralizada no mais alto nível da Força. Aqui admito que o texto do manual quis dizer uma coisa mas transmitiu outra ideia. Está-se falando de atividades terroristas. O assunto assumiu tamanha importância depois do “11 de Setembro” que a consequência foi uma severa preocupação com esse tipo de atividade. Daí a necessidade de não se reportar alarmes que, depois, podem mostrar-se de menor significação, alertando ou até causando pânico na população desnecessariamente. Quanto ao verbo “difundir”, quero crer que as pessoas que escreveram o texto usaram-no na acepção que ele tem na Inteligência, ou seja, dar conhecimento a agências externas ao Sistema Exército. Não fosse assim, as agências de Inteligência mais periféricas do Sistema de Inteligência do Exército poderiam sentir-se livres para difundir – regionalmente – possíveis dados sobre ações terroristas, com consequências que poderiam não ser as desejáveis.

No que diz respeito ao Estudo de Situação de Contra Inteligência, no que diz respeito ao campo político, volto a dizer, se esse jornalista tivesse tido o cuidado em contextualizar as coisas talvez pudesse ter transmitido aos leitores o espírito do que ali está escrito. Imagine o senhor se um oficial ou sargento vai comandar uma organização militar em alguma cidade de médio ou pequeno porte sem inteirar-se das características políticas do local. Ele poderá ser instrumentalizado pelas forças no poder, poderá ser envolvido em rixas entre grupos, é possível que venha a sofrer coações ou se tente influenciá-los, para o bem ou para o mal. Existem cidades que amam seus quartéis, já em outras, conforme a localização do quartel em área de elevado valor imobiliário ele pode ser alvo de campanhas para a sua transferência para área menos valorizada. Sobre o conhecimento que se deve ter sobre as organizações de trabalhadores na área de interesse da organização militar, como os sindicatos, pelo senhor citados, imagine o Comandante de um quartel localizado no ABC Paulista, ao avaliar sua área de atuação, deixar de considerar a força representada por aquelas entidades. Alguém que vá comandar um quartel incrustrado numa área indígena tem, por obrigação, saber como a FUNAI, por exemplo, atua na área e quais as ONG ali atuantes e que desrespeitam as leis brasileiras. O que de errado há nisso? No meu modo de ver, isso é “agir profissionalmente”.

Encerrando, apliquei nessas minhas considerações algumas das técnicas que o senhor mesmo alude no seu textinho. Procurei desacreditá-lo, procurei colocá-lo em posição de inferioridade e, acima de tudo procurei, usando a técnica de rebater ponto por ponto, ridicularizar essa sua peça de propaganda ideológica. Uma técnica que eu não usaria nesse caso seria a do “silêncio”, mesmo sabendo que a reportagem de hoje embrulha o peixe de amanhã.

Eu, como militar da Reserva tenho a prerrogativa de manifestar a minha opinião, o que é vedado ao pessoal da ativa. Mas isto não quer dizer que falo por eles. Falo por mim e sou o único responsável por tudo o que escrevi.

Muitas instituições nacionais e estaduais, com certeza, mais de quinze, procuram absorver os conceitos do Manual de Contra Inteligência do Exército, por julgarem-no muito bem elaborado, e copiam dele procedimentos que lhes podem ser úteis.

Qualquer país estaria orgulhoso se seu exército dispusesse de semelhante manual. Mas, aqui no Brasil, o que se quer é atacar o Exército nas coisas que ele tem de melhor. Uma delas, o seu Serviço de Inteligência.

Sr. LEANDRO FORTES. Não sei se o senhor é mais novo ou mais velho do que eu. Caso seja mais novo, aceite um conselho: não ponha a sua pena a serviço da ideologia. Se for mais velho, ainda dá tempo de estudar a História do Brasil nos livros antigos que o senhor ainda deve ter.

Escrevi essa carta aberta em respeito à minha condição de militar da Reserva e em homenagem aos oficiais mais novos, da ativa, para que não esmoreçam diante da propaganda divisionista de que somos alvo, quase que diariamente. Saibam que esse tipo de reportagem nos acompanha há cerca de 30 (trinta) anos e, ao contrário de nos dividir, só tem fortalecido o sistema de Inteligência do Exército. Ou melhor, do Exército não. Do Brasil, pois o Exército pertence ao Brasil.

Jorge Alberto Forrer Garcia

Coronel Reformado

Identidade 030223822-5 Min Def

Curitiba/PR

domingo, 16 de outubro de 2011

*RACISMO NA ARGENTINA!*

Instituto Gino Germani da Universidade de Buenos Aires, Prêmio
Ibero-americano em Ciências Sociais da Universidade Nacional Autônoma do
México e do INADI-2011.

1. Mais da metade da amostragem com 4.971 estudantes de escolas públicas do
ensino médio de 21 províncias, entrevistados, rejeitam os ciganos, os judeus
e os orientais. São seguidos, na escala de aversão, aos bolivianos,
peruanos, paraguaios e chilenos. Os mais aceitos são os brasileiros. Os
homens discriminam mais do que as mulheres.

2. Ciganos e judeus, com 67% e 55% respectivamente, são os dois grupos mais
rejeitado pelos jovens consultados, seguidos de perto pelos orientais com
cerca de 52%, onde são incluídos indistintamente chineses e coreanos. Os
últimos “menos ruins” são os norte americanos, árabes e uruguaios. Em
contrapartida, os mais aceitos são os brasileiros e os argentinos de outras
províncias.

3. [Outra Pesquisa sobre antissemitismo na Argentina do Instituto Gino
Germani (UBA)]. A Argentina é um país antissemita? A resposta, segundo as
inquietantes conclusões do estudo realizado, é inequivocadamente afirmativa.
Entre as respostas, aparece uma mostrando que 40% dos entrevistados não
viveriam em um bairro de maioria judia. Este trabalho, em que 1.500
argentinos de todo o país foram entrevistados, e que foram convidados a
revelar as suas crenças mais íntimas a respeito de seus compatriotas judeus,
foi apresentado em Nova York (2011), na Assembleia Geral das Nações Unidas
pela DAIA e pela Liga Anti-Difamação (ADL), uma das entidades de direitos
humanos de maior prestígio dos Estados Unidos.

4. Cerca de 52% dos entrevistados disseram acreditar que os judeus
argentinos são mais leais a Israel do que a seu próprio país, o que confirma
a visão do judeu apátrida sustentada pelos antissemitas clássicos desde o
alemão Wilhelm Marr em meados do século XIX até hoje. Isto, apesar da forte
marca da cultura judaica nas artes, ciências, educação e política na
Argentina. Outra questão levantada pelo estudo foi qual é o principal
interesse dos judeus; nada menos do que 82% responderam com um outro
estereótipo antissemita: "seu interesse principal é fazer negócios e ganhar
dinheiro". Outro dado preocupante que aparece neste trabalho é que 49% dos
entrevistados consideram que "os judeus falam muito sobre o que lhes
aconteceu no Holocausto".

MANAUS, POTÊNCIA EMERGIDA!!!!

Jogos de tabuleiro ganham versões no iPad

Com poucas conexões de transporte com o mundo externo além do aeroporto e do
Rio Amazonas, Manaus seria atualmente um lugar muitíssimo atrasado se não
fosse pelas isenções fiscais que transformaram a cidade em uma versão das
selvas de uma zona de livre comércio chinesa.

Cercada pela floresta impenetrável, essa histórica capital brasileira da
borracha, de 2 milhões de habitantes, produz 90% das motocicletas do Brasil,
incluindo caras BMWs e Harley-Davidsons, a maioria das bicicletas, um terço
dos relógios e grande parte dos televisores de telas planas e outros
aparelhos eletrônicos.

“Cerca de 90% da nossa economia baseia-se na atividade industrial”, afirma
Marcelo Lima Filho, secretário de Planejamento do governo estadual do
Amazonas, cuja capital é Manaus. “Existem mais de 100 mil empregos na nossa
zona industrial”.

Mas atualmente Manaus está lutando pela sobrevivência. A cidade está
procurando garantir para si um dos maiores projetos tecnológicos já vistos
no Brasil – um plano de US$ 12 bilhões para a produção de iPads.

Mas Estados mais poderosos, especialmente São Paulo, o mais rico e
industrializado do Brasil, estão tentando ganhar a disputa pelo projeto com
a oferta de isenções fiscais próprias – benefícios que Manaus alega que são
ilegais de acordo com a constituição, e que acabariam fatalmente erodindo as
vantagens fiscais obtidas com a instalação de fábricas no Amazonas.

“Nós estamos lutando para proteger não apenas os nossos interesses, mas
também os nossos direitos”, diz Wilson Pericó, presidente de um dos maiores
grupos de lobby do setor industrial de Manaus.

Situada próxima ao “encontro das águas”, o local em que dois dos maiores
rios da Bacia Amazônica se encontram, Manaus sempre foi uma anomalia.

Durante o apogeu do ciclo da borracha, no final do século 19, os magnatas
fabulosamente ricos da cidade gastaram os seus milhões com a construção do
Teatro Municipal, que atraiu os melhores espetáculos internacionais da
época. O prédio rosa e branco em estilo renascentista ainda domina a
maltratada área do centro da cidade, onde barcaças do Amazonas com nomes
como Coração de Jesus atracam no cais.

Depois que a indústria da borracha entrou em colapso, o destino da cidade só
mudou para melhor na década de sessenta, quando a ditadura militar que
governava o Brasil deu início a esforços para povoar os vastos vazios
populacionais do Amazonas.

*O governo militar concedeu isenções fiscais a companhias para que estas
fabricassem os seus produtos em Manaus. Atualmente, esses benefícios, que
estão **.**garantidos pela constituição do país, fazem com que seja 35% mais
barato fabricar produtos como eletrônicos na cidade do que em qualquer outro
lugar do Brasil, segundo a Ernst & Young*

As isenções fiscais de Manaus são particularmente atraentes quando se leva
em conta o complicado sistema tributário do Brasil, que o Banco Mundial
colocou em 152º lugar na sua lista decrescente de simplicidade e
funcionalidade, e que é capaz de aumentar em até 60% o preço no varejo dos
produtos no país.

Mas o destino da cidade está dependendo agora do resultado daquilo que
passou a ser conhecido como a “guerra fiscal”, na qual os Estados competem
para atrair fábricas, oferecendo a estas incentivos fiscais.

Tecnicamente, tais incentivos precisariam ser aprovados primeiro por todos
os outros Estados. Mas, na prática, muitos Estados concedem esses incentivos
assim mesmo, sem a aprovação das outras unidades da federação, provocando
uma enxurrada de processos na justiça e fazendo aumentar a confusão entre os
investidores.

“Essa questão é muito política, as discussões são muito difíceis”, afirma
Sérgio Fontenelle, especialista em tarifas e comércio internacional da Ernst
& Young, em São Paulo, referindo-se às negociações tributárias entre
Estados.

Atualmente, Manaus está processando São Paulo pelo fato de este Estado ter
oferecido incentivos fiscais para atrair a Foxconn, de Taiwan, a fabricante
do iPad da Apple, em um projeto que o governo afirma que gerará 100 mil
empregos.

“Nós temos estradas, logística e oferta de engenheiros e trabalhadores”, diz
José Clóvis Cabrera, uma autoridade da Secretaria da Fazenda do Estado de
São Paulo, referindo-se à tentativa do seu Estado de vencer a disputa pelo
projeto.

Ainda não houve uma decisão quanto a isso. Mas o empresariado de Manaus está
nervoso. Eles sabem que a sua própria existência nessa região cercada pela
selva depende da defesa vigorosa do seu sistema de incentivos fiscais.

“Nós só somos competitivos devido ao regime tributário federal”, admite
Lima.



--

Ianomamis, a farsa de uma nação que nunca existiu****

Recebi o artigo abaixo e li com atenção. As informações são impressionantes.
O autor, o almirante Roberto Gama e Silva, relata que a tal grande nação
ianomâmi, que pega parte do Brasil e parte da Venezuela, na verdade seria
uma grande farsa. O que existe naquele imenso território, explica o artigo,
é uma série de diferentes tribos que nada teria a ver umas com as outras.
Segundo o autor, foi um jornalista que “inventou” os “IANOMÂMIS”. Não agiu
por conta própria, mas inspirada pela organização “Christian Church World
Council”, sediada na Suíça, escreve o autor. Leiam e tirem suas próprias
conclusões:****


IANOMÂMI! QUEM?
por Roberto Gama e Silva

Nos tempos da infância e da adolescência que passei em Manaus, minha cidade
natal, nunca ouvi a mais leve referência ao grupamento indígena denominado
“IANOMÂMI”, nem mesmo nas excursões que fiz ao território, acompanhando o
meu avô materno, botânico de formação, na sua incessante busca por novas
espécies de orquídeas.
Tinha eu absoluta convicção sobre a inexistência desse grupo indígena,
principalmente depois que aprendi que a palavra “ianomâmi” era um nome
genérico aplicado ao “ser humano”.

Recentemente, caiu-me nas mãos o livro “A FARSA IANOMÂMI”, escrito por um
oficial de Exército brasileiro, de família ilustre, o Coronel Carlos Alberto
Lima Menna Barreto,

Credenciava o autor do livro a experiência adquirida em duas passagens
demoradas por Roraima, a primeira, entre 69 e 71, como Comandante da
Fronteira de Roraima/ 2º Batalhão Especial de Fronteira, a segunda, quatorze
anos depois, como Secretário de Segurança do antigo Território Federal.

Menna Barreto procurou provar que os “ianomâmis” haviam sido criados por
alienígenas, com o intuito claro de configurar a existência de uma “nação”
indígena espalhada ao longo da fronteira com a Venezuela. Para tanto citou
trechos de obras publicadas por cientistas estrangeiros que pesquisaram a
região na década iniciada em 1910, notadamente o alemão Theodor
Koch-Grünberg, autor do livro “Von Roraima zum Orinoco, reisen in Nord
Brazilien und Venezuela in den jahren 1911-1913.

Embora convencido pelos argumentos apresentados no livro, ainda assim
continuei minha busca atrás de uma personalidade brasileira que tivesse
cruzado a região, em missão oficial do nosso governo, e que tivesse deixado
documentos arquivados na repartição pública de origem. Aí, então, não
haveria mais motivo para dúvidas.
Definido o que deveria procurar, foi muito fácil selecionar o nome de um dos
“Gigantes da Nacionalidade”, embora pouco conhecido pelos compatriotas de
curta memória: Almirante Braz Dias de Aguiar, o “Bandeirante das Fronteiras
Remotas”****


Braz de Aguiar, falecido em 17 de setembro de 1947, ainda no cargo de “Chefe
da Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão”, prestou serviços
relevantes ao país durante 40 anos corridos, sendo que destes, 30 anos
dedicados à Amazônia, por ele demarcada por inteiro. Se, nos dias correntes,
o Brasil já solucionou todas as pendências que recaiam sobre os 10.948
quilômetros que separam a nossa maior região natural dos países vizinhos,
tudo se deve ao trabalho incansável e competente de Braz de Aguiar, pois de
suas observações astronômicas e da precisão dos seus cálculos resultaram
mais de 500 pontos astronômicos que definem, juntamente com acidentes
naturais, essa longa divisória.
Todas as campanhas de Braz de Aguiar foram registradas em detalhados
relatórios despachados para o Ministério das Relações Exteriores, a quem a
Comissão Demarcadora era subordinada.

Além desses relatórios específicos, Braz de Aguiar ainda fez publicar
trabalhos detalhados sobre determinadas áreas, que muito contribuíram para
desvendar os segredos da Amazônia.

Um desses trabalhos denominado “O VALE DO RIO NEGRO”, classificado pelo
Chefe da “Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão” como um
subsídio para “a geografia física e humana da Amazônia”, foi encaminhado ao
Ministério das Relações Exteriores no mês de janeiro de 1944, trazendo no
seu bojo a resposta definitiva à indagação “IANOMÂMI! QUEM?.

No tocante às tribos indígenas do Vale do Rio Negro, incluindo as do
tributário Rio Branco, afirma o trabalho que “são todas pertencentes às
famílias ARUAQUE e CARIBE, sem aludir à existência de alguns povos cujas
línguas se diferenciam profundamente das faladas pelas duas coletividades
citadas”. Prossegue o autor: “Tais povos formam as chamadas tribos
independentes, que devem ser consideradas como restos de antigas populações
cuja liberdade foi grandemente prejudicada pela ação opressora de vizinhos
poderosos”. Também os índios “TUCANOS” constituem uma família a parte,
complementa o trabalho.

Dito isto, a obra cita os nomes e as localizações das tribos aruaques no
Vale do Rio Negro, em número de treze, sem que da relação conste a pretensa
tribo “IANOMÂMI”.

Em seguida, foram listadas as tribos caribes, bem como a sua localização: ao
todo são sete as tribos, também ausente da relação o nome “IANOMÂMI”. Dentre
as chamadas tribos independentes do Rio Negro, em número de cinco, também
não aparece qualquer citação aos “IANOMÂMIS”.

Para completar o quadro, a obra elaborada por Braz de Aguiar ainda faz
menção especial ao grupo “TUCANO”, pelo simples fato de compreender quinze
famílias, divididas em três ramos: o oriental, que abrange as bacias dos
rios UAUPÉS e CURICURIARI; a ocidental, ocupando as bacias do NAPO, PUTUMAIO
e alto CAQUETÁ, e o setentrional, localizado nas nascentes do rio MAMACAUA.
Os “IANOMÂMIS” também não apareceram entre os “TUCANOS”.

Para completar a listagem dos povos da bacia do RIO NEGRO, a obra ainda faz
menção a uma publicação de 1926, composta pelas “MISSÕES INDÍGENAS
SALESIANAS DO AMAZONAS”, que descreve todas as tribos da bacia do RIO NEGRO
sem mencionar a existência dos “IANOMÂMIS”.

Assim sendo, pode-se afirmar, sem medo de errar, que esse povo “não existiu
e não existe” senão nas mentes aedilosas dos inimigos do Brasil.

Menna Barreto e outras fontes fidedignas afirmam que coube a uma jornalista
romena, CLAUDIA ANDUJAR, mencionar, pela primeira vez, em 1973, a existência
do grupo indígena por ela denominado “IANOMÂMI”, localizado em prolongada
faixa vizinha à fronteira com a VENEZUELA.

Interessante ressaltar que a jornalista que “inventou” os “IANOMÂMIS” não
agiu por conta própria, mas inspirada pela organização denominada “CHRISTIAN
CHURCH WORLD COUNCIL” sediada na SUIÇA, que, por seu turno, é dirigida por
um Conselho Coordenador instruído por seis entidades internacionais: “Comitê
International de la Defense de l´Amazon”; “Inter-American Indian Institute”;
“The International Ethnical Survival”; “The International Cultural
Survival”; “Workgroup for Indigenous Affairs” e “The Berna-Geneve Ethnical
Institute”.

Releva, ainda, destacar o texto integral do item I, das “Diretrizes” da
organização referentes ao BRASIL: “É nosso dever garantir a preservação do
território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute
pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas
a um limite crítico”.

Ficam assim bem caracterizadas as intenções colonialistas dos membros do
“CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL”, ao incentivarem a “invenção“ dos ianomâmis
e a sua localização ao longo da faixa de fronteiras.

Trata-se de iniciativa de fé púnica, como soe ser a artificiosa invenção de
um grupo étnico para permitir que estrangeiros venham a se apropriar de
vasta região do Escudo das Guianas, pertencente ao Brasil e, provavelmente,
rica em minérios. O ato se reveste de ilegitimidade passiva e de
impossibilidade jurídica. Sendo, pois, um ato criminoso, a criação de
“Reserva Ianomâmi” deve ser anulada e, em seguida, novo estudo da área
deverá ser conduzido para o possível estabelecimento de novas reservas,
agora descontínuas, para abrigar os grupos indígenas instalados na mesma
zona, todos eles afastados entre si, por força do tradicional estado de
beligerância entre os grupos étnicos “aruaques” e ‘caribes’.

Outras providências legais devem ser adotadas, todavia, para enquadrar os
“zelosos” funcionários da FUNAI que se deixaram enganar e os “competentes”
servidores do Ministério da Justiça que induziram o Ministro da Pasta e o
próprio Presidente da República a aprovarem a decretação de reserva para um
grupo indígena inexistente. Sobre estes últimos poderia ser aplicada a “Lei
de Segurança Nacional”, artigos 9 e 11, por terem eles contribuído para um
futuro seccionamento do território nacional e um possível desmembramento do
mesmo para entrega a outro ou outros Estados.****

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PARABÉNS AO POVO DO PARÁ, EXEMPLO CÍVICO!!!

O HINO NACIONAL DOS PARAENSES
VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino
O mais recente jogo de futebol entre as seleções brasileira e argentina, ontem, 28/09/2011, em Belém do Pará, reservou aos brasileiros patriotas de outras longitudes e latitudes uma grata e emocionante surpresa.
Antes do embate esportivo e após a execução do hino do país “hermano”, a banda de música deu início ao Hino Nacional brasileiro, belissimamente executado. Só que se limitou à pequena introdução, que se fez comum nos campos desportivos mundo afora e que fere uma antiga legislação, que proibia que se mutilasse o símbolo pátrio, que sempre deveria ser executado na íntegra e, se cantado, nas suas duas partes.
A surpresa adveio do eletrizante fato de, uma vez emudecida a banda, continuar a multidão, de cerca de quarenta mil pessoas, a entoar, a plenos pulmões e com toda a emoção, a bela canção pátria dos brasileiros, a mais linda do mundo!
Uma corrente eletrizante percorreu o corpo e a alma de todos os que assistiram a tão único e vibrante episódio, “in loco” ou pela televisão. Até o brincalhão Neymar chegou às lágrimas diante do maravilhoso espetáculo, proporcionado, em uníssono e espontaneamente, por aqueles brasileiros anônimos, que assim proclamavam, de forma tão forte e comovente, seu amor ao bendito País natal.
Os paraenses, homens, mulheres, crianças, idosos, filhos da Amazônia brasileira e descendentes legítimos de seus bravos desbravadores, todos mostraram que conhecem o Hino Nacional e têm prazer em cantá-lo. Paralelamente, verifica-se que as escolas e os professores de lá ensinam seus alunos a cultuarem, amarem e respeitarem os símbolos nacionais. Que bom se tão belos exemplos se ramificassem e aplicassem por todo o território de Santa Cruz, em tantas partes com populações tomadas pela descrença, pelo nihilismo e pelo cinismo que tanto refletem os péssimos exemplos dados pelos homens e mulheres investidos e dotados de poder sobre a sociedade, que tão mal vêm exercendo!
Jamais me conformei com o desrespeito do público ao Hino, em pugnas esportivas em outras plagas tupiniquins, com os presentes não observando silêncio, postura correta, não o cantando ou continuando a andar, falar, gesticular, inclusive os notórios cronistas esportivos!
Nunca entendi ou aceitei o fato de os jogadores brasileiros, ao contrário de tantas equipes estrangeiras, que bradam aos céus o orgulho pátrio, manterem-se calados durante a execução do Hino, ou balbuciando algumas palavras, fingindo conhecer-lhe a letra. As câmeras de televisão, implacáveis, vem sempre mostrando essa triste e inaceitável realidade!
Os paraenses lavaram a alma dos brasileiros verdadeiros! Deram-nos novas e fundadas esperanças em relação ao futuro. Havendo amor e dedicação à Pátria e aos seus símbolos por parte do povo, nem legiões de traidores e canalhas serão capazes de obstar nossa caminhada rumo à grandeza, à felicidade, à paz e ao progresso!
Deus abençoe o Pará e seu povo! Deus salve o Brasil!
Rio de Janeiro, RJ, 29 de setembro de 2011.
PS. Mano Menezes, ensina e treina, rapidamente, os jogadores convocados para a seleção a cantarem, com entusiasmo e força viril, o Hino Nacional. Aposto que seu desempenho, fora e dentro do campo, melhorará muito e passarão a ser, autêntica e verdadeiramente, representantes do Brasil!
CBF, assume uma função educativa e congrega a mídia esportiva para dar bom exemplo e incentivar o povo a respeitar e cantar bem o Hino em todos os momentos em que se reúna para assistir a ou participar de uma disputa desportiva!

LAMARCA, UMA VERGONHA QUE AINDA VERTE.....

LAMARCA, 40 ANOS DEPOIS

40 anos depois da morte de Carlos Lamarca, abatido em combate com militares no interior da Bahia, o guerrilheiro-terrorista ainda é motivo de polêmica a respeito da indenização que sua família vem recebendo desde 1993, por decisão da Justiça Federal de São Paulo e reiterada pelo STJ em 2002. O salário que a viúva Maria Pavan Lamarca recebia era de R$ 7.728,50, pensão de capitão do Exército. Em junho de 2007, a Comissão da Anistia, em ato assinado pelo então ministro da Justiça Tarso Genro, promoveu (post-mortem) Lamarca ao posto de coronel concedendo-lhe a remuneração de general-de-brigada no valor de R$ 12.100,00 e R$ 902.700,00 a título de indenização como vítima do regime militar. Em outubro do mesmo ano, uma ação movida por entidades das três Forças Armadas suspendeu, em decisão liminar, a promoção e os pagamentos. Não há, ainda, uma sentença definitiva sobre o caso, mas espera-se que tudo fique resolvido até o final deste ano. A família (Maria e seus dois filhos, César e Cláudia) luta para provar que Lamarca não era um desertor. No dia 24 de janeiro de 1969, uma sexta-feira, às 18h30m, o então capitão Lamarca entrou no seu quartel, o

4º RI, em Quintaúna, na Grande São Paulo, e furtou da Companhia que comandava – a CCP/2 – 63 fuzis FAL, três metralhadoras INA e uma pistola 45. Lamarca que já integrava a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) partiu para a luta armada. Nos seus dois anos e meio de clandestinidade comandou assaltos a banco, seqüestros e o assassinato do tenente da PM paulista, Alberto Mendes Júnior, morto a golpes de coronha de fuzil, em 10 de maio de 1970, nas matas do Vale da Ribeira. A decisão liminar que cassou a promoção de Lamarca bem como a indenização concorda com a deserção do ex-militar e “sua exclusão das Forças Armadas decorreu de abandono do 4º Regimento de Infantaria de Quintaúna”, fato caracterizado como “crime de deserção”. A indenização no entendimento da magistrada que julgou a liminar foi uma decisão política altamente questionável com um pagamento de valores incompatíveis com a realidade nacional. O crime de deserção é a maior desonra que pode recair sobre um militar, pois, ao receber sua espada de oficial, jura dedicar-se inteiramente à Pátria, “cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida”.

A FAMÍLIA DEFENDE

O filho de Lamarca, o aeronauta César, 50 anos, orgulha-se do sobrenome que usa e diz que seu pai “era um homem essencialmente livre que abriu mão da carreira militar que tanto amava, e da família, rompeu com o regime e entregou seus melhores anos por um ideal”. “Meu pai não poderia compactuar ou se omitir diante de um grupo que traiu a pátria, traiu seu juramento á bandeira e tomou o governo contra o povo”, disse.

O QUE SE DISCUTE

A pensão de ex-capitão para a mulher de Lamarca não se discute, pois o mesmo foi anistiado. O caso toma feições de provocação quando há uma promoção a coronel, com soldo de general-de-brigada, a quem desertou por livre decisão para optar pela luta armada. Quando Lamarca furtou armamento de seu quartel sabia bem de todos os riscos que iria correr. Ao seu jeito lutou, matou, seqüestrou e foi morto em combate. Seu objetivo era implantar um regime comunista no Brasil. Talvez nunca tenha pensado que estava fazendo um investimento para o futuro.

INDENIZAÇÕES

As indenizações aos que “lutaram contra o regime militar” já chegam a quase R$ 3,5 bilhões, além dos R$ 28 milhões mensais pagos aos pensionistas da Bolsa Ditadura, onde inclui o ex-presidente Lula. Há os que realmente lutaram e há os disseram que lutaram. Atualmente, 17 mil recebem dos cofres públicos por seu passado revolucionário. Outros 30 mil esperam o mesmo.

A MAIS BIZARRA

Uma indenização especial de R$ 20 mil foi paga em 2007. Em 1975, uma militante grávida foi presa no DOI-Codi e obrigada a ouvir os gritos de seu marido sendo torturado. Justificativa da Comissão de Anistia para conceder a indenização ao filho daquela senhora: O requerente “sofreu conseqüências neuropsíquícas do tipo estresse, que a ele se transmitiram pela circulação materno-fetal”.

sábado, 1 de outubro de 2011

TRIBOS DA AMAZÔNIA EXIGEM DIREITO DE MINERAÇÃO

É o primeiro passo rumo à independência política, econômica e administrativa.


Carlos Newton - segunda-feira, 12 de setembro de 2011 | 05:10


Demorou, mas acabou acontecendo, como era mais do que previsível. As tribos indígenas da chamada Amazônia Legal, que detêm cerca de 25% do território brasileiro de reserva ambiental onde é proibida atividade econômica, estão mobilizados para defender a mineração nessas áreas de preservação. E não se trata de um movimento brasileiro, mas de caráter internacional.

Representantes de etnias do Brasil, da Colômbia, do Canadá e do Alasca preparam uma “carta declaratória” aos governos brasileiro e colombiano, reivindicando os direitos indígenas à terra e o apoio à mineração.

“Solicitamos ao Estado brasileiro a aprovação da regulamentação sobre mineração em territórios indígenas, porque entendemos que a atividade legalmente constituída contribui com a erradicação da pobreza”, diz o documento ao qual a Folha de S. Paulo teve acesso.

A mineração em terras indígenas é debatida desde a Constituição de 1988, que permitiu a atividade nessas áreas, caso regulamentadas. O projeto de lei nº 1.610, que trata dessa regulamentação, está em tramitação no Congresso desde 1996.

Mas este é apenas o primeiro passo. Quando se fala em tribos indígenas, na verdade está se tratando de um movimento internacional muito poderoso, integrado pelas mais de 100 mil ONGs nacionais e estrangeiras que atuam na Amazônia. A reivindicação da extração mineral é apenas a ponta do iceberg. Os índios querem mais, muito mais.

Com a progressiva ocupação da Amazônia, a partir do período colonial as tribos foram se afastando, subindo os afluentes do Rio Amazonas, para ficarem o mais longe possível dos colonizadores. Resultado: por questões geológicas, as terras mais altas que hoje as tribos ocupam são justamente onde estão localizadas as mais ricas jazidas minerais da região.

As tribos na verdade estão exigindo que o Brasil reconheça e obedeça os termos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas. O Brasil em 2007 assinou esse tratado da ONU, que reconhece a independência administrativa, política, econômica e cultural das chamadas nações indígenas, mas depois se arrependeu e não quer cumprir as determinações do documento.

Se o governo brasileiro já estivesse cumprindo os termos do tratado, as tribos nem precisariam estar reivindicando o direito de mineração em suas respectivas reservas, porque seriam países independentes, onde nem mesmo as Forças Armadas brasileiras teriam o direito de entrar, segundo os incisivos termos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que está disponível a todos na internet, mas poucos se interessam em ler.

O tratado foi assinado pelo Brasil no governo Lula, quando Celso Amorim era ministro das Relações Exteriores. O fato de o Brasil ter aceitado sem ressalvas o acordo internacional, que foi rejeitado por vários países, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Rússia e Argentina, é um dos motivos do baixo prestígio de Celso Amorim junto à cúpula das Forças Armadas... E DE TODOS OS BRASILEIROS CONSCIENTES!

SOLDADO AMERICANO, UM GRANDE EXEMPLO!!!!


Uma imagem do Iraque.
Esta é uma história de guerra, porém toca-nos o coração...
A esposa do sargento-enfermeiro John Gebhardt, diz que toda a família desta criança foi executada. Os assassinos pretendiam também executá-la , a atingiram na cabeça...mas não conseguiram matá-la.
Ela foi tratada no Hospital de John, está se recuperando, mas ainda chora e geme muito. As enfermeiras dizem que John é o único que consegue acalmá-la. Assim, John passou as últimas 4 noites segurando-a ao colo na cadeira, enquanto os 2 dormiam. A menina tem se recuperado lentamente.
Eles tornaram-se verdadeiras "estrelas" da guerra.
John representa o que todo o mundo gostaria de fazer.
Isto, meus amigos, vale a pena partilhar com o mundo inteiro.
Vocês nunca vêem notícias destas na TV ou nos jornais, em geral.
Se achar legal, como eu achei, divulgue.
Acredito que todos precisamos ver que (também) existem estas realidades ... que pessoas como John fazem a diferença.
Não podemos orientar o vento, mas podemos ajustar a nossa vela...

STF UM PODER DE COSTAS PARA O BRASIL!!!!!

Abraços


Luiz Alves

Marco Antonio Villa – Um poder de costas para o país
27/Setembro/2011

A Justiça no Brasil vai mal, muito mal. Porém, de acordo com o relatório de atividades do Supremo Tribunal Federal de 2010, tudo vai muito bem. Nas 80 páginas – parte delas em branco – recheadas de fotografias (como uma revista de consultório médico), gráficos coloridos e frases vazias, o leitor fica com a impressão que o STF é um exemplo de eficiência, presteza e defesa da cidadania. Neste terreno de enganos, ficamos sabendo que um dos gabinetes (que tem milhares de processos parados, aguardando encaminhamento) recebeu “pela excelência dos serviços prestados” o certificado ISO 9001. E há até informações futebolísticas: o relatório informa que o ministro Marco Aurélio é flamenguista.

A leitura do documento é chocante. Descreve até uma diplomacia judiciária para justificar os passeios dos ministros à Europa e aos Estados Unidos. Ou, como prefere o relatório, as viagens possibilitaram “uma proveitosa troca de opiniões sobre o trabalho cotidiano”. Custosas, muito custosas, estas trocas de opiniões. Pena que a diplomacia judiciária não é exercida internamente. Pena. Basta citar o assassinato da juíza Patrícia Acioli, de São Gonçalo. Nenhum ministro do STF, muito menos o seu presidente, foi ao velório ou ao enterro. Sequer foi feita uma declaração formal em nome da instituição. Nada. Silêncio absoluto. Por que? E a triste ironia: a juíza foi assassinada em 11 de agosto, data comemorativa do nascimento dos cursos jurídicos no Brasil.



Mas, se o STF se omitiu sobre o cruel assassinato da juíza, o mesmo não o fez quando o assunto foi o aumento salarial do Judiciário. Seu presidente, Cézar Peluso, ocupou seu tempo nas últimas semanas defendendo – como um líder sindical de toga – o abusivo aumento salarial para o Judiciário Federal. Considera ético e moral coagir o Executivo a aumentar as despesas em R$8,3 bilhões.

A proposta do aumento salarial é um escárnio. É um prêmio à paralisia do STF, onde processos chegam a permanecer décadas sem qualquer decisão. A lentidão decisória do Supremo não pode ser imputada à falta de funcionários. De acordo com os dados disponibilizados, o tribunal tem 1.096 cargos efetivos e mais 578 cargos comissionados. Portanto, são 1.674 funcionários, isto somente para um tribunal com 11 juízes. Mas, também de acordo com dados fornecidos pelo próprio STF, 1.148 postos de trabalho são terceirizados, perfazendo um total de 2.822 funcionários. Assim, o tribunal tem a incrível média de 256 funcionários por ministro. Ficam no ar várias perguntas: como abrigar os quase 3 mil funcionários no prédio-sede e nos anexos? Cabe todo mundo? Ou será preciso aumentar os salários com algum adicional de insalubridade?

Causa estupor o número de seguranças entre os funcionários terceirizados. São 435! O leitor não se enganou: são 435. Nem na Casa Branca tem tanto segurança. Será que o STF está sendo ameaçado e não sabemos? Parte destes vigilantes é de seguranças pessoais de ministros. Só Cézar Peluso tem 9 homens para protegê-lo em São Paulo (fora os de Brasília). Não é uma exceção: Ricardo Lewandovski tem 8 exercendo a mesma função em São Paulo.

Mas os números continuam impressionando. Somente entre as funcionárias terceirizadas, estão registradas 239 recepcionistas. Com toda a certeza, é o tribunal que melhor recebe as pessoas em todo mundo. Será que são necessárias mais de duas centenas de recepcionistas para o STF cumprir suas tarefas rotineiras? Não é mais um abuso? Ah, abuso é que não falta naquela Corte. Só de assistência médica e odontológica o tribunal gastou em 2010, R$ 16 milhões. O orçamento total do STF foi de R$ 518 milhões, dos quais R$ 315 milhões somente para o pagamento de salários.

Falando em relatório, chama a atenção o número de fotografias onde está presente Cézar Peluso. No momento da leitura recordei o comentário de Nélson Rodrigues sobre Pedro Bloch. O motivo foi uma entrevista para a revista “Manchete”. O maior teatrólogo brasileiro ironizou o colega: “Ninguém ama tanto Pedro Bloch como o próprio Pedro Bloch.” Peluso é o Bloch da vez. Deve gostar muito de si mesmo. São 12 fotos, parte delas de página inteira. Os outros ministros aparecem em uma ou duas fotos. Ele, não. Reservou para si uma dúzia de fotos, a última cercado por crianças. A egolatria chega ao ponto de, ao apresentar a página do STF na intranet, também ter reproduzida uma foto sua acompanhada de uma frase (irônica?) destacando que o “a experiência do Judiciário brasileiro tem importância mundial”.

No relatório já citado, o ministro Peluso escreveu algumas linhas, logo na introdução, explicando a importância das atividades do tribunal. E concluiu, numa linguagem confusa, que “a sociedade confia na Corte Suprema de seu País. Fazer melhor, a cada dia, ainda que em pequenos mas significativos passos, é nossa responsabilidade, nosso dever e nosso empenho permanente”. Se Bussunda estivesse vivo poderia retrucar com aquele bordão inesquecível: “Fala sério, ministro!”

As mazelas do STF têm raízes na crise das instituições da jovem democracia brasileira. Se os três Poderes da República têm sérios problemas de funcionamento, é inegável que o Judiciário é o pior deles. E deveria ser o mais importante. Ninguém entende o seu funcionamento. É lento e caro. Seus membros buscam privilégios, e não a austeridade. Confundem independência entre os poderes com autonomia para fazer o que bem entendem. Estão de costas para o país. No fundo, desprezam as insistentes cobranças por justiça. Consideram uma intromissão.

PUBLICADO NO GLOBO DESTA TERÇA-FEIRA