domingo, 27 de abril de 2008

A MAÇONARIA E A AMAZÔNIA !!!

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA CRUZEIRO DO SUL Nº 9
Jurisdicionada à M\R\GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO DISTRITO FEDERAL
Templo do Condomínio Pentalpha – SGAN 909 – Módulo A – Brasília-DF



AMAZÔNIA: MANIFESTO À NAÇÃO BRASILEIRA



A Augusta e Respeitável Loja Maçônica Cruzeiro do Sul, nº 09, integrante da Grande Loja Maçônica do Distrito Federal em Sessão Especial no dia 22 de abril de 2008 deliberou a expedição do presente manifesto acerca da preocupação dos Maçons quanto a soberania nacional na Amazônia, a demarcação de extensas áreas indígenas e a presença de organizações não governamentais interferindo e comandando os processos.
No mês de julho 2002, em Assembléia Geral da CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil), órgão que congrega todas as 27 Grandes Lojas do Brasil, realizada em Teresina-PI, houve a apresentação de um Manifesto à Nação onde já se questionava a soberania nacional na Amazônia:
"(...) A nossa soberania tão proclamada pelas autoridades constituídas, mas tão descurada por elas mesmas, a ponto de não enxergarem ou não quererem enxergar o mapeamento estratégico-militar e dos recursos naturais por "missões" estrangeiras ilegalmente instaladas na Amazônia Legal, está sob constante ameaça de outras potências econômicas, ameaça que seus líderes não escondem e proclamam de viva voz aos quatro ventos em todos os meios de comunicação. As Grandes Lojas Maçônicas do Brasil têm consciência plena de que as Forças Armadas necessitam ser munidas de instrumentos adequados para que se cumpra o ditame constitucional da soberania. E nessa necessidade, longe de ser um favor meramente político, é um dever inarredável do Estado Democrático.(...)"
Na cidade de Porto Alegre-RS, no mês de julho de 2003, na Assembléia da CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil) novamente a matéria foi destacada em Carta Aberta ao Povo Brasileiro:
"(...) Urge, também, que o povo brasileiro desperte para a grave realidade da ameaça velada ao nosso território, alertadas reiteradas vezes em proclamações anteriores, antes que nos tornemos as testemunhas oculares de seu fracionamento em benefício de países estrangeiros notadamente aqueles sempre ávidos por mais e mais riquezas, à custa do sacrifício do povo. A exemplo, constatado, com a demarcação excessiva de áreas indígenas no Estado de Roraima, a invasão de terras produtivas no Estado de Rondônia, além de outras regiões da Amazônia, com providências aquém do necessário pelos organismos regularmente constituídos.”
Na Assembléia da CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil) realizada na cidade de Manaus-AM, em julho de 2004, a matéria foi trazida em documento de Proclamação à Nação Brasileira, desta vez mais contundente e com dados estatísticos:
“E nesse momento, mais do que nunca, é necessário que insistamos nessa temática, sendo certo que principalmente os brasileiros que habitam essa imensa e maravilhosa região do país onde ora nos encontramos, são testemunhas presenciais de sua atualidade. Sucede que a pretexto de solucionar causa nobre, elevada a dignidade constitucional pela Carta Magna de 1988, e respeitante à organização social e às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, ações permeadas por interesses escusos e arquitetadas alhures, tem colocado em risco a própria soberania nacional fato para o qual, como visto, vem sendo chamada a atenção da Nação, de há muito, pela nossa Confederação.
Sob tal aspecto, os números envolvidos nessa questão são expressivos e falam por si. Segundo dados existentes cerca de 400 mil índios, que vivem em 554 reservas, representam 0,24% da população brasileira, sendo a eles destinados aproximadamente 12% do território nacional. Nessa equação, e levando em conta a extensão do território nacional (851.196.500 ha.), enquanto a cada brasileiro não índio são destinados apenas cinco hectares, cabe a cada índio 212,79 ha. Importa ainda observar que uma vez homologada em área continua as reservas tidas como litigiosas Raposa/Serra do Sol em Roraima, 11 mil índios ocuparão uma área de 1.678.800 hectares, num Estado em que 47% de seu território já é considerado terra indígena.
Não se pretende ao trazer a lume com esses dados, em absoluto, negar direitos assegurados constitucionalmente aos índios, cuja gênese reside no próprio direito natural providência, aliás, em boa hora tratada pelo legislador constitucional ( artigos 231 e 232 da Constituição Federal ), ou sair em defesa de interesses meramente econômicos de quem quer que seja. Pretende-se ressaltar, isso sim, fato inequívoco e dotado de extrema gravidade, consistente no propósito subjacente da criação de uma nação indígena reconhecida internacionalmente, em área contínua, dentro do território brasileiro. Disso poderá resultar, afora manifesta ofensa à soberania nacional, a própria desnacionalização da Amazônia, por ação de organismos internacionais em ação livre naquela região.
Paralelo a isso cabe ainda assinalar que a região Amazônica não pode mais ser vista como um espaço aberto para a implantação de programas desenvolvimentistas que ignorem as necessidades e os interesses regionais, nem como uma enorme reserva ecológica-indígena a ser mantida intocável. Na realidade deve ser ela tratada como uma região ecologicamente importante, de rica biodiversidade, mas também uma das mais atrasadas em vários aspectos, onde vive uma população que carece de infra-estrutura básica para o seu desenvolvimento econômico”.
A matéria mereceu atenção também na Assembléia da CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil) realizada em julho de 2005, na cidade de Vitória-ES através de Proclamação ao Povo Brasileiro, com proposta específica de criação de empresa pública para explorar com exclusividade as riquezas minerais da Amazônia:
“2 - Que essa falta de ética e moralidade no trato da coisa pública tem propiciado diversas tentativas de desnacionalização da Amazônia com ameaça à Soberania Nacional, pelo que propõe a criação de uma Empresa Pública de capital exclusivamente Nacional - "Minerobrás" -, instituindo o monopólio do Estado Brasileiro para a exploração das riquezas minerais da Amazônia.
3- Ser necessário o reaparelhamento das Forças Armadas, capacitando-as adequadamente, para que se cumpra o ditame constitucional de preservação da Soberania Nacional, com controle rigoroso de nossas fronteiras.”
Os vários enunciados, firmados por todas as Grandes Lojas brasileiras, demonstram que desde 2002 há preocupação dos maçons quanto a necessidade de uma política nacionalista correta para a região Amazônica, sob pena do risco de perda da soberania para organizações estrangeiras que, usando as nações indígenas como aríetes, induzem a demarcação de extensas áreas contínuas do território brasileiro, em regiões de fronteiras, em evidente intenção de promoverem a internacionalização destas. Ratificamos todos os textos divulgados pela CMSB - Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - e reiteramos confiança nas autoridades constituídas responsáveis pela política a ser implementada na região Amazônica, e que elas sejam sensibilizadas para as várias manifestações de setores diversos da sociedade brasileira, que se preocupam com o assunto da manutenção da integridade do nosso território e da nossa soberania, notadamente a Maçonaria.
Os integrantes da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cruzeiro do Sul, n° 09, filiada à Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Distrito Federal:
- Cientes da grave situação que ameaça a integridade do território e a paz interna de nossa pátria;
- Cientes da desventura dos brasileiros de etnia indígena que vêm sendo manipulados por ONGs que, orientadas por interesses estrangeiros, os conduzem para o caos e para a desgraça sem que órgãos oficiais os protejam convenientemente;
- Cientes da atitude anti-patriótica de alguns brasileiros que, por ignorância ou por má-fé, incentivam a segregação das populações de brasileiros de etnia indígena, ao invez de promoverem sua integração à comunidade nacional;
- Cientes do empenho com que muitas ONGs e até mesmo instituições oficiais se dedicam a promover a desocupação da amazônia por nacionais brasileiros;
- Cientes de que tais atitudes visam a fazer com que parcelas importantes do nosso território amazônico, particularmente as posicionadas na linha de fronteira venham a se tornar presa fácil para a gula de instituições internacionais e supranacionais;
- Cientes de que tais situações, em grande parte, são decorrentes da maneira equivocada com que vem sendo conduzida a demarcação de terras para os brasileiros de etnia indígena em áreas contínuas na faixa de fronteira;
Recorrem às autoridades legalmente constituídas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para:
1- Manifestar nossa solidariedade ao General Augusto Heleno Ribeiro Pereira que, em seus recentes pronunciamentos públicos sobre o assunto, demonstrou coragem, refletindo o patriotismo e a esperança que ainda animam milhões de brasileiros;
2- Encarecer que, nas esferas de suas atribuições e no que toca ao assunto em questão, implementem as medidas necessárias para que a solução dos problemas seja conduzida dentro do que exige a nossa carta magna e levando em consideração os verdadeiros e inalienáveis interesses econômicos, sociais e da soberania de nossa pátria.

Maurício Cotrim do Nascimento
Venerável Mestre

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