domingo, 26 de junho de 2011

A CHINA DO FUTURO, É HOJE...(UMA REFLEXÃO MUITO SÉRIA)‏

Alguns conhecidos voltaram da China impressionados.
Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica
chinesa produz quarenta milhões.
A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante.
Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas.
Com preços que são uma fração dos praticados aqui.

Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está
instalada estão altos demais: 100 dólares.
Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo que acrescidos de
impostos e benefícios representam quase 600 dólares.
(paga-se 200 passagens de buzão em São Paulo)
Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero
benefícios, estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a.

Horas extraordinárias? Na China? Esqueça.
O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo
que não vão receber nada por
isso.

Atrás dessa "postura" está a grande armadilha chinesa.
Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia de "poder" para
ganhar o mercado ocidental.

Os chineses estão tirando proveito da atitude dos 'marqueteiros' ocidentais, que preferem
terceirizar a produção ficando apenas com o que ela "agrega de valor": a marca.

Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos
da América um produto "made in USA."
É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.

As empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo
por centenas de dólares.
Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.
Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego.
É o que pode-se chamar de "estratégia preçonhenta."

Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila
essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo.

Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com o design,
suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo, estimulando e
contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.

Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo
ocidental. Só haverá na China.

Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços,
produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos
anos setenta. Aí já será tarde demais.
Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá
render-se ao poderio chinês.

Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.
Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que será ele quem ditará as
novas leis de mercado, pois será quem manda, pois terá o monopólio da produção .

Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai
regular os mercados e não os "preçonhentos."

Iremos, nós, os nossos filhos e netos assistir a uma inversão das regras do jogo atual que
terão nas economias ocidentais
o impacto de uma bomba atômica chinesa.

Nessa altura em que o mundo ocidental acordar será muito tarde.

Nesse dia, os executivos "preçonhentos" olharão tristemente para os esqueletos das suas
antigas fábricas, para os
técnicos aposentados jogando baralho na praça da esquina e chorarão sobre as sucatas
dos seus parques fabris desmontados.

E então lembrarão, com muita saudade, do tempo em que ganharam dinheiro comprando
"balatinho dos esclavos" chineses, vendendo caro suas "marcas- grifes" aos seus conterrâneos.

E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram
de ser moda e por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas.

REFLITAM E COMECEM A COMPRAR PRODUTOS DE FABRICAÇÃO NACIONAL,
FOMENTANDO O EMPREGO EM SEU PAÍS, PELA SOBREVIVÊNCIA DO SEU AMIGO, DO
SEU VIZINHO E ATÉ MESMO DA SUA PRÓPRIA E DE SEUS DESCENDENTES.

Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação

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