Betão, quero tocar num tema que tem chamado a atenção de muitos meios de comunicação ao redor do mundo, a estrada Villa Tunari – San Ignacio de Moxos que esta sendo construída a toque de caixa pelo governo Boliviano e financiada pelo seu “irmão maior”, o Brasil, com um custo de 1.3 milhões de dólares por Km2.
Se bem que a estrada seria um motivo de festa ao atrair investimentos e abrir caminho ao desenvolvimento de uma região bastante desolada deste país, as preocupacoes pelos temas anexos não permitem o festejo.
Chapare – Beni, a união de uma região que é considerada um das maiores produtoras de coca de Bolívia a outras regiões de fronteira como Rondônia e Acre, por si já traz preocupacoes, que cresce de tamanho quando percebemos que neste “departamento” militarizado, totalmente controlado pelo governo que censura os meios de comunicação, centros de ensino, encarcerando os adversários políticos entre outros , impera a lei do quem paga mais.
Outro dia um canal de televisão nacional mostrava como na fronteira Boliviana se podia comprar cocaína escolhendo entre vários tipos, cores e quantidades.
Entre os temas relacionados também se destacam os atentados a natureza, destruição e separação de parques e reservas naturais, fonte de sustento de varias comunidades indígenas da região, alem da “vista gorda” aos assentamentos clandestinos de colonos que baixo o pretexto de serem sem-terras e com muitas promessas são trazidos do interior do país, eles são abandonados a levar uma vida de miséria e ao final acabam fazendo o que melhor sabem fazer, plantar coca.
Este é o desenvolvimento que governo Brasileiro esta ajudando a levar a nossos vizinhos, espero que esteja preparado para arcar com as consequencias deste gesto de solidariedade quando os índices de criminalidade, roubos de carros e tráfico de drogas aumentem na região.
Os indígenas organizados numa marcha de protesto de vários quilómetros com destino a La Paz, capital de Bolívia, tem sido alvo de várias acusações por parte do governo que vão desde servirem aos interesses políticos opositores a serem integrantes de “um novo” complô internacional contra a gestão de Evo Morales Ayma, máximo líder indígena como também do “Governo Plurinacional do Estado Democrático Autónomo Bolivariano de Bolívia”.
No ano de 2008 com um dos seus “Decretos Supremos” (do mesmo tipo dos que privatizo a PETROBRAS) Evo Morales expulsou de Bolívia a DEA, agência antidroga americana, junto com o embaixador americano, abrindo caminho ao aumento ilegal da área plantada de coca como todas as outras atividades decorrentes disso.
Depois de realizar escutas clandestinas de telefones e de conseguir, sabe-se como, extratos de movimentacao financeira divulgou os documentos por televisao a nivel nacional como uma grande vitoria, sem receio a criticar e nem consequencias legais, agora ameaça fazer o mesmo com a USAID, agência de cooperação americana, por considera-la perigosa ao estado.
A mesma agencia que apoiou na época o “Líder Indígena” em um bloqueio de estradas a nível nacional que paralisou o país por mais de 30 dias, que apoiou a formação de sua “carreira” política e que também forneceu vários de seus ex-directores para serem seus ministros, agora esta ameaçada.
É a velha história da criatura que se volta contra o seu criador.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
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