Manobra Diversionária Inaceitável
Luís Mauro Ferreira Gomes
2 de agosto de 2011
A nossa caixa de entrada sofreu uma enxurrada de mensagens sobre suposta investigação a que estariam sendo submetidos o Comandante do Exército e outros Generais.
O que nos parece incompreensível é que a maioria delas somente encaminhasse a matéria, sem qualquer comentário, mais ainda, sem as mani-festações de justificada indignação como aquelas que acompanharam a notícia de que um ex-presidente caricato e pouco qualificado conspurcou a Escola Superior de Guerra com a sua presença impertinente e inoportuna.
A quem conhece, por pouco que seja, os meandros da politicagem de baixíssimo nível que se instalou no Brasil nestes últimos anos não terá passado despercebido que se trata de manobra sórdida para desviar a aten-ção do escândalo do dia, a corrupção no DNIT, ponta do “Iceberg” de outros, que, certamente, virão.
Sempre que as malfeitorias de agentes do governo vêm à tona, sur-gem, misteriosamente, acusações infundadas às Instituições Militares ou a seus integrantes. Depois, elas comprovam-se falsas, mas o objetivo de tirar o foco dos noticiários de cima das próprias mazelas já foi atingido. E não se fala mais nisso.
É, de fato, muito fácil atacar os militares. Eles não reagem nem mesmo diante das maiores ofensas. Isso mostra como é inadequada a con-vivência pacífica com quem nos quer destruir.
Se, por absurdo, admitíssemos a possibilidade de haver alguma ver-dade nesses boatos, os envolvidos seriam, certamente, generais petistas, e um general petista não é um general, é um petista.
Não temos, porém, a menor dúvida sobre a integridade moral do Comandante do Exército e de seus Generais. Igualmente, temos toda a cer-teza de que, como já dito acima, as acusações são falsas, mas não é nossa intenção defendê-los aqui. Isso, contudo, não se deve a que, como se cos-tuma dizer, não tenhamos procuração para tanto. Também não, por perten-cermos a outra Força, o que nos parece irrelevante. Tampouco, porque eles tenham todos os meios para fazê-lo sem ajuda.
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Simplesmente não pretendemos defendê-los, porquanto eles não precisam de defesa. Os seus detratores, integrantes da mesma quadrilha de bandidos que seqüestrou o poder no nosso País e tanto mal tem praticado, estes, sim, precisam ser atacados e destruídos junto com os seus cúmplices, para que não mais possam macular a honra de pessoas dignas, como tam-bém e principalmente, parem de demolir os alicerces da nossa civilização, a partir dos quais os nossos antepassados construíram tudo para nos legar.
Observações:
1. O autor é Coronel-Aviador reformado e, atualmente, Vice-Presidente da Aca-demia Brasileira de Defesa;
2. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não represen-tam, necessariamente, o pensamento da ABD.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
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